Crise Misseis Cuba

Páginas: 22 (5359 palabras) Publicado: 2 de diciembre de 2012
ris“CRISE DOS MÍSSEIS OU CRISE DE OUTUBRO?”
Esteban Morales Domínguez.
Professor doutorado em ciências e Director Honorario del Centro de Estudios sobre Estados Unidos de la Universidad de la Habana.

DAVID GABRIEL MORAIS | 1º ANO | 34472
CIÊNCIA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS HISTÓRIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

INTRODUÇÃO Quando a historiografia puder começar a estudar o século XXna sua globalidade, com a distância temporal que lhe é necessária, uma das conclusões possíveis poderá ser a caracterização da primeira metade do século como um tempo de conflitos instantâneos e de beligerância activa, enquanto a segunda metade se poderá definir pela confrontação latente entre dois mundos, mas pela via dissuasora sempre que possível, devido a um equilíbrio potencial militar egeopolítico entre dois mundos que não se queriam envolver num confronto directo. Esses dois mundos, antagónicos, mas simultaneamente receosos entre si, são as respectivas áreas de influência dos Estados Unidos da América e da União Soviética. Com a auto-destruição fratricida da Europa ocorrida na primeira metade do século, a URSS conseguiu por sua vez em 30 anos uma ascensão impressionante de talforma nunca vista na história, granjeando o lugar de superpotência mundial, em 1950 apenas comparável aos EUA. Esta bipolarização do espaço político no mundo fez-se de forma violenta, muitas vezes à custa da relativização do valor da vida humana, e do respeito pelo direito e pela soberania nacional de cada estado. O enfrentamento ideológico tornou-se cada vez mais perigoso ao ritmo que a evoluçãotecnológica permite armamento mais mortífero, fazendo temer um cenário apocalíptico na eventualidade de um conflito nuclear. Este facto tem tanto de grave como de estimulante na capacidade dissuasora que em si representa. Talvez possa ter sido uma opção demasiado arriscada, mas o que é facto é que a história nos mostra que, fazendo da dissuasão a maior de todas as armas, foi possível fazer coabitardois sistemas à partida incompatíveis, ultrapassando dogmas, pondo o pragmatismo político como uma responsabilidade partilhada. CONTEXTUALIZAÇÃO De alguma forma foi isso que aconteceu em 1959, após a «deseslinização» da URSS, quando Kruschev e Eisenhower, em Camp David i, reconheceram a responsabilidade que as suas opções desempenhavam para a paz mundial. O encontro de ambos significa a aceitação deuma coexistência pacífica entre os dois mundos. No entanto, passível de ter muitas interpretações, este novo paradigma não pode nunca refletir que os dois blocos abdiquem de tentar alargar o seu domínio, apenas se reconhecem, põem fim ao afrontamento, aceitam-se e comprometem-se na construção de um equilíbrio. Esse equilíbrio era naturalmente frágil, e foi isso que rapidamente ficou evidente nocaso conhecido como a «crise dos mísseis de Cuba»,
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provavelmente o momento em que o mundo mais esteve perto de uma terceira guerra mundial. Já não existem hoje muitas dúvidas sobre a complexidade que sempre marcou as relações entre os EUA e a América Latina, nomeadamente a intolerância do governo de Washington para com governos da região que divergissem das suas orientações e que fossemhostis aos seus interesses. Isso mesmo tinha acabado de ficar claro em 1954 na Guatemala quando a CIA organizou um golpe de estado que depôs o governo democraticamente eleito de Arbenz Guzmán, devido às reformas socializantes que estava a levar a cabo, designadamente expropriações que punham em causa interesses económicos norte-americanos. A administração de Eisenhower qualificou a intervenção devidoao risco de ser criada uma “praia soviética na América”, daí se entenda a postura semelhante que viria a adoptar com Cuba, no entanto, aí já com resultados diferentes. A «coexistência pacífica» apenas pôs a nu, sem rodeios, que o mundo estava dividido e a atravessar uma «guerra fria». Nos diversos episódios que a foram constituindo, desde a questão de Berlim, passando pela guerra das Coreias, e...
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