História da igreja antiga (até ao fim do império romano)
A História da Igreja é uma Disciplina teológica e científica ao mesmo tempo:
- Utiliza a investigação e a crítica histórica normal
- Não esquece não é produto da sociedade terrena,
Mas obra de Deus nas suas origens, fins e meios de acção.
O Cristianismo é uma religião histórica:
- o desígnio salvador de Deus realiza-se atravésde feitos históricos,
que culminam na Encarnação do Filho e na acção vivificadora do Espírito Santo;
- o princípio divino da Igreja é objecto de fé, não da História,
mas a Igreja cumpre a sua missão no mundo
pelo que está sujeita a numerosas mudanças que constituem a sua História;
- a sua origem não afecta o método de construção histórica.
A nossadisciplina tem como objecto:
- a exposição dos acontecimentos vividos pela Igreja ao longo dos séculos:
desenvolvimento, actividades, transformações...
- analisar, compreender, causas, consequências...
Interesse:
- conhecer e compreender o esforço da Igreja Histórica
em confronto com diversas situações de espaço e de tempo
para encarnar no mundo amensagem de Jesus Cristo,
adaptando-se sem trair a sua essência;
- conhecer as realidades da Igreja que chegaram aos nossos dias,
e analisá-las críticamente..
O historiador deve apresentar os feitos positivos,
Mas também as debilidades e falhas dos homens da Igreja:
- uns guardaram o património sem o atraiçoar, mas outros não
- é necessário enquadrar asacções na respectiva época.
Divisões:
História da Igreja Antiga:
- Igreja no tempo das perseguições
- Igreja Imperial;
H. I. Medieval:
- Alta Idade Média: Evangelização dos bárbaros – Igreja e Estado – Monacato
- Baixa I. M.: Renascimentos e reformas – ordens religiosas mendicantes ...
H. I. Moderna:
- Reforma Protestante/Reforma Católica
- Movimentos teológicos e espirituaisH. I. Contemporânea:
- Iluminismo – Revolução Francesa – época liberal – séc. XX
1. CORRENTES E CONFLITOS NO CRISTIANISMO PRIMITIVO
1. Divisão originária – judaizantes e helenistas
Após a ascensão e o pentecostes, não há desenvolvimento uniforme, há duas tendências na comunidade de Jerusalém:
1. Judaizantes:
- grupo fechado à pregação do Evangelho aospagãos;
- cabeça: Tiago;
- reduzem mensagem cristã ao seio do Judeismo, com as tradições e observação da Lei – circuncisão;
- evitar qualquer contacto com pagãos.
2. Helenistas:
- cristãos de cultura grega, provenientes da diáspora;
- cabeça: Estêvão;
- abertos aos pagãos.
2. Teologia doshelenistas:
- pretende abolir o Templo e a Lei;
- o baptismo antecipa a ressurreição;
- fim das desigualdades e do matrimónio;
- pobreza;
- envio de missionários;
- gnose (revelação particular e conhecimento);
- liberdade de comer inclusivé os idololitos (carne sacrificada aos ídolos);
- eram visionários, carismáticos, admitiam o profetismo feminino;- foram os primeiros evangelizadores dos pagãos;
- iniciaram a exegese cristológica do A.T. (salmos e profetas);
- deram origem à colecção de ditos do Senhor (Evangelho dos Egípcios);
3. Após o Concílio de Jerusalém (49 d. C.)
O conflito judaizantes/helenistas marcou todo o 1º século,
configurou diversas tendências no Cristianismo primitivo;
O compromisso a que sechegou no Concílio tornou divisão irreversível,
não houve consenso.
Judaizantes, observantes da circuncisão – igreja judeo-cristã
- eram donos e senhores da Palestina
- fugiram para Pella (Transjordânia), onde se livraram da Guerra Judaica
- separando-se cada vez mais do Judeísmo, na revolta de 132-135 são perseguidos pelos judeus e espalham-se por toda a área da...
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