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Páginas: 11 (2725 palabras) Publicado: 13 de noviembre de 2012
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Ceccarelli, Paulo Roberto
Entrevista com Pierre Fédida
Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, vol. IV, núm. 1, marzo, 2001,
pp. 168-174
Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental
São Paulo, Brasil
Disponible en:http://www.redalyc.org/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=233018218015

Revista Latinoamericana de Psicopatologia
Fundamental
ISSN (Versión impresa): 1415-4714
psicopatologiafundamental@uol.com.br
Associação Universitária de Pesquisa em
Psicopatologia Fundamental
Brasil

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R

E

V

I

S

T

A

LATINOAMERICANA
DE

PSICOPATOLOGIA

FUNDAMENTAL

Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., IV, 1, 168-174

Entrevista com Pierre Fédida
(Concedida a Paulo Roberto Ceccarelli em Paris,
no dia 27 de julho de 2000)

168

Há algum tempo o Sr. tem utilizado a expressão Psicopatologia Fundamental.Gostaria que o Sr. falasse um pouco do por
que da escolha desse termo e também de sua história.
A criação da expressão “Psicopatologia Fundamental”
ocorreu-me, após muitas considerações, há mais ou menos 15
anos. Inicialmente graças ao lugar que tinha, no passado, a Psicopatologia Geral, com a publicação por Jaspers, em 1913, de
sua “Psicopatologia Geral”. Naquela época falava-se também,inclusive na França, de “Psicopatologia Patológica”. Ocorreume, então, por várias razões, a idéia de propor o termo de
“Psicopatologia Fundamental”.
Já nos anos 1980 observa-se um enfraquecimento da psiquiatria graças ao desenvolvimento das neurociências, tal como
elas se apresentam hoje, mas sobretudo ao extraordinário impulso da farmacologia. E se a psiquiatria se enfraquece,
paradoxalmente apsicanálise também se enfraquece. Preocupei-me, então, em incentivar a Psicopatologia Fundamental
criando, inicialmente, um Laboratório e, em seguida, uma formação de doutorado em Psicopatologia Fundamental. Gostaria
ainda de tecer algumas considerações sobre o enfraquecimento da psiquiatria. Inicialmente um tal enfraquecimento se deve
ao desaparecimento da psicopatologia na psiquiatria. A partir ENTREVISTAS

daí, a psiquiatria deixa de ser uma abordagem, uma disciplina clínica, como havia
sido até então, para se tornar uma pragmática da prescrição: prescrição social, medicamentosa.
É aí que entram os DSMs?
Sim. O DSM é um manual que visa uma nova classificação das doenças mentais. Sua maior preocupação é a epidemiologia e a categorização dos problemas
mentais; não é umapsicopatologia.
É nesse sentido que o Sr. vê o risco do enfraquecimento da psiquiatria?
Justamente. Exemplos não faltam: pode-se tratar a depressão, que é polivalente, por meio de medicamento, por meio das moléculas que são cada vez mais
inteligentes, sem que seja necessário conhecer os conflitos interiores e as experiências psíquicas do indivíduo. Nessa perspectiva, nem a psicopatologia nem aclínica
são necessárias: basta conhecer o uso das moléculas químicas.
A evolução da psicopatologia seguia duas direções principais: ela continuava
em contato com a prestigiosa tradição da psicopatologia antes mesmo da criação
deste termo; ou seja, a experiência que o terapeuta adquire a partir do sofrimento
do doente. Por isso, sempre dei muito valor à noção (esquiliana) de patei mathos:
aquiloque o sofrimento ensina. Muitos tratados de filosofia e de medicina insistem
sobre a importância da experiência da doença mental do outro como fator central
da observação e da compreensão do clínico. Nesse sentido a psicopatologia fundamental aproxima-se da psicopatologia freudiana. Freud segue as proposições da psiquiatria de seu tempo – ele utiliza as mesmas noções da psiquiatria da época:...
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