O acrobata pede desculpas e cai - fausto wolff

Páginas: 110 (27424 palabras) Publicado: 23 de junio de 2011
Fausto Wolff

O acrobata pede desculpas e cai
2a. EDIÇÃO

CODECRI Rio de Janeiro 1980

O ACROBATA PEDE DESCULPAS E CAI © 1980 Fausto Wolff 1º edição - 1966 - José Álvaro 2º edição – 1980 - Codecri

Orelha (Capa) A literatura de Fausto Wolff é subjetivista, esse modo de escrever tão maltratado por um pensamento crítico que durante as últimas décadas julgou que realismo fosse reportagemda sociedade, e que o homem e suas emoções nenhum interesse apresentavam, uma vez que a única verdade eram "os homens". Hoje, felizmente, aqueles mesmos críticos se voltam para Joyce, Kafka, Hesse, e atentam para o fato de que subjetivismo é também realismo e, na maior parte das vezes, muito mais realismo que muitos dos escritos chamados objetivos. Partindo de um único personagem — medida de todasas emoções e valores - Fausto Wolff exprime com calor e violência uma sociedade cruel e hostil que massacra, impiedosa, a individualização do ser. O personagem não é um revolucionário, ele não se antepõe à sociedade, não quer modificá-la, ao contrário ensaia todos os esforços para coexistir nela, mas é ela, por toda a sua inautenticidade, que o repele, o expele, o expulsa. A nossa ficção não érica de posições assim. Salvo as grandes exceções, tem tomado o caminho fácil do naturalismo descritivo. São narrativas de episódios urbanos ou regionais onde quase ninguém existe. Os "heróis" pretendem ser "livres" ou "revolucionários", mas liberdade e revolução permanecem aprisionados nos limites de um condicionamento pequeno-burguês, inconformista. Fausto Wolff não quer ensinar, não fazproselitismo, não pretende demonstrar. Ele exprime. Por isso faz literatura. João Rui Medeiros Orelha (Contracapa) No seu livro O Acrobata Pede Desculpas e Cai, Fausto Wolff se rebela contra um mundo que ele não sonhou e ao qual foi condenado. Ator e platéia ao mesmo tempo, ele acumula e experiência dos que se expõem e dos que assistem... Sei que muita gente vai ficar irritada com a linguagem crua de FaustoWolff. Eu mesmo me irrito. Sua revolta me lembra a de Ferreira Gullar na fase mais aguda da sua  Luta Corporal. Fausto trata os seus cordiais inimigos com aquela franqueza pornográfica com que Gullar invoca o inventor da roda... Da primeira à última página Fausto Wolff nos transmite essa angustiante sensação de animal acuado... Um livro sério, sincero, bem escrito. Lago Burnetti O Acrobata PedeDesculpas e Cai ou o anjo pede desculpas e desce aos infernos é a visão que permanece, após a releitura desta obra pungente, escrita e lançada há 15 anos. Um jovem busca um lugar ao sol na grande cidade c esta condenado às trevas: ele não pode perceber a crueldade e a cupidez de uma sociedade que estruturou seus valores sobre os símbolos do Poder e da Riqueza. Este mundo é para ele, de fato, ummundo animalesco. Como quem contempla uma tela de Ieronimus Bosch, o jovem irá assistir, ao final, o triunfo da morte e da loucura. Não obstante, o jovem, iluminado pela chama de uma vela em seu quarto — qual Jonas no ventre da baleia —, clama por Deus. E clama por pão e amor, o que Fausto Wolff faz, neste romance-depoimento, com um timbre poético que ilumina suas páginas de angústia e alucinação.Ferdy Carneiro Contracapa

Fausto Wolff
O anônimo brasiliano Sem documentos, atestado de ideologia ou checápi moral, o acrobata - acusado de acrobata como bátavo sempre foi suspeito de batavo - invade grotescamente a reserva dos javalis e encontra o absurdo zoológico do mundo em que vivemos. 0 acrobata, como tantos, tem fome, fome mortal, e na reserva comida é o que não falta. Nem comida, nembebida, nem mulheres tratadas, nem prêmios e tributos. Tem tudo lá. Mas isso só é dado a quem paga o preço devido - em dinheiro não se fala - que é deixar a pele de sua individualidade e vestir o couro da pequena comuna (valha o nome para todas as máfias) que detêm o poder. O acrobata, por um momento - anos - pensa que pode; caminhando no arame, no ar, no alto, no perigo, no acima, sustentado por...
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