Análisis Crise Euro

CRISE DO EURO E O CASO ESPANHOL

Autor: Gonzalo Ferreira Braz da Luz Professor Orientador: Stefano Florissi

RESUMO A Crise Financeira Internacional de 2008 – 2009, originada nos Estados Unidos, mas com impactos negativos em toda a economia mundial e principalmente na europeia, potencializou e desatou uma série de problemas estruturais existentes e latentes até o dia de hoje. Em concreto, oaumento do endividamento público, utilizado como motor de crescimento e desenvolvimento alcançou níveis que testam a sustentabilidade das finanças publicas e o conjunto de suas economias. Diante de tal situação, os planos de recuperação e austeridade estão sendo colocados em pratica, sendo por parte daquelas economias mais afetadas como por parte de toda a Zona do Euro. Com tudo isto, é objetivodeste artigo explicar a problemática da divida soberana europeia, explicando mais detalhadamente o caso da Espanha e, finalmente, propor possíveis soluções ou proposições que, do ponto de vista de alguns analistas, poderiam amenizar os efeitos da mesma. Palavras Chaves: Crise Financeira Europeia, sustentabilidade, crise espanhola.

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ABSTRACT The international financial crisis of 2008-2009,with origin in United States, whose effects extended to the rest of the world and Europe, potentiated and detonated a series of structural issues in some European economies. Specifically, the higher public debt, used as a growth engine in some of them, reached record levels that left in check the sustainability of public finances and entire economy system of some countries. Given the situation,adjustment plans have been common both from the directly affected countries and from the other members of the economic zone. In. With all this, is purpose of this paper issue of European sovereign debt, with details in the case of Spain and, finally, propose possible solutions or propositions from the point of view of some analysts could mitigate the effects of it.

Key Words: European FinancialCrisis, Spanish Crisis, sustainability.

Introdução

A crise financeira internacional e seus impactos sobre a atividade económica em geral teve impactos significativos na situação fiscal de muitos países desenvolvidos, gerando assim uma situação de cautela no que trata de riscos soberanos por parte destes países. Sendo assim, no segundo semestre de 2009, aparecem dúvidas e preocupação com asfinanças publica e a capacidade de financiamento das economias da Zona do Euro, principalmente após o anuncio
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disparatado do déficit fiscal existente na Grécia. Mesmo que, inicialmente, os temores estavam concentrados no caso grego, quando em abril de 2010 o país conseguiu armar um esquema de assistência conjunta por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI) e por parte da União Europeia(UE), a preocupação já se estendia por diversos países, entre eles Irlanda e Portugal, criando assim maiores tensões das que já vinham sendo vistas. Esta situação, que obrigou a criação, por parte das autoridades, de mecanismos de combate destes temores no mercado, ficou ainda mais evidente quando, em novembro de 2010, novos resgates para Irlanda e Portugal se intensificaram. Para piorar ainda mais,temores de que economias antes vistas como fortes e com pesos significativos na União Europeia, como por exemplo, Espanha e Itália e mais recentemente França apresentavam endividamento publico altíssimo e possivelmente precisariam de ajuda foram motivos, mais que suficientes, para desatar uma onda de temor e incertezas nos mercados. Após um ano do resgate a Grécia, e a pesar dos seus esforços ediversas respostas políticas para tratar de conter a crise, a situação deste país que apresentava nulo crescimento do seu Produto Interno Bruto (PIB) com alto endividamento, continuou a pressionar os mercados financeiros. Como resposta, em julho deste ano, autoridades europeias anunciaram o segundo resgate ao país heleno além de medidas específicas (auxilio a entidades financeiras) com o objetivo...