Aplicações Do Sig Em Arqueologia – Potencial E Potencialidades

Aplicações do SIG em Arqueologia – Potencial e Potencialidades


Introdução

A explosão de interesse em SIG (Sistema de Informação Geográfica) desde a década de 1990 reflete a importância do espaço, conceitos espaciais e modelagem espacial, tanto no presente e no passado. Embora a tecnologia de gestão e análise de dados espaciais seja agora uma indústria multi-milionária - que, note-se,investe pouca atenção às necessidades específicas de arqueólogos - nossa disciplina tem sido inovadora e pró-ativa no desenvolvimento de suas próprias aplicações de SIG. Este artigo visa traçar os principais desenvolvimentos neste processo, ilustrando a forma evolutiva de aplicações de SIG em Arqueologia. Como será visto, estes abrangem uma ampla gama de abordagens e servem para enfatizar a amplitudee a diversidade de aplicações que fazem parte da disciplina.

Algumas referências fundamentais

Selecionei um conjunto de referências principais (em ordem de conferência não publicação: Allen et al 1990; Aldenderfer e Maschner 1996; Maschner 1996; Lock e Stancic 1995) e que atuarão como um núcleo central de nossa análise. Estas obras fornecem uma gama considerável de estudos de caso ediscussões teóricas, juntamente com súmulas valiosas do desenvolvimento de SIG em Arqueologia (por exemplo, Harris e Lock, 1990; Kvamme 1995; Harris e Lock, 1995; Maschner 1996). Outra importante fonte de referências são os trabalhos das Aplicações Informáticas anuais em conferência de Arqueologia (CAA), que viu o papel do SIG na arqueologia já em 1986.

O primeiro uso do SIG relacionado a estudosarqueológico ocorreu na América do Norte, onde desenvolveu-se dentro das exigências da gestão de recursos culturais baseada na modelagem preditiva de localização de sitios. As estatísticas envolvidos eram adequados para modelos de dados raster e metodologias eficazes e os resultados foram rapidamente sendo acumulados (Warren 1990).

Embora tenha sido reconhecido há muito tempo que o SIG é um meioideal para o desenvolvimento de novas abordagens de análise espacial, existem muito poucos métodos estatísticos geralmente disponíveis, uma vez que a maioria dos pacotes de SIG comerciais faltam os equipamentos mais básicos de estatística. Dentro da Arqueologia há uma ênfase na célula baseada em manipulação como uma extensão da obra anterior, por exemplo, auto-correlação, estatísticas e simulação,talvez dentro dos procedimentos mais amplos de modelagem cartográfica (Tomlin 1990).

O despertar para o SIG no estudo arqueológico e o conseqüente aumento rápido em aplicações começou com a publicação de Interpretação Espacial (Allen et al.) Em 1990. Desde então, em termos muito gerais, houve duas correntes de desenvolvimento que podem ser categorizados como Gestão de Recursos Cultural (GRC) eanálise da paisagem. Embora qualquer definição de SIG, sem dúvida, enfatize as capacidades analíticas, deve-se reconhecer que uma força maior do software reside na sua capacidade de integrar e gerenciar grandes e diversos conjuntos de dados. A integração e georreferenciamento de diferentes tipos de dados espaciais sobre grandes áreas geográficas, geralmente uma região ou mesmo um país inteiro, emconjunto com bases de dados textuais é uma preocupação central do GRC. Isso geralmente é baseado em obrigações legais e freqüentemente envolve a integração de fontes de dados em uma variedade de diferentes escalas. Como um resultado da flexibilidade e resistência destas capacidades de gestão de dados não é surpreendente que, na maioria dos casos, embora não exclusivamente, a análise é rebaixadopara um papel secundário.

O potencial de SIG em GRC foi reconhecido por muitos países, em uma conferência em 1991, e desde então tem sido realizado por alguns deles, por exemplo, a França, Holanda e Escócia. A adoção do SIG por organizações nacionais e regionais de GRC é um negócio complexo, muitas vezes envolvido em uma série de preocupações, incluindo estratégias de informação (não pelo...