Arquitetura
Ao redor da arquitetura
Os edifícios são barreiras
para a chuva, o vento e, ás vezes, são
filtros sutis para a luz e o calor.
Rodeados de entornos variáveis que
mudam com o dia e a noite, o calor e
o frio, o vento e a calmaria, a chuva e
o sol; se transformam em refúgios de
condições artificiais, como ilhas de
tranqüilidade
em
um
mundoincômodo.
Porque se arquitetura é
clima, também é verdade que são
muitos os climas que nela intervém:
clima de inverno e de verão, clima de
luz e de calor, clima de transição
entre interior e exterior, climas na
arquitetura popular o na arquitetura
representativa, climas naturais ou
artificiais que, por último, inclusive,
estão os climas que não são climas,
climas
sonoros,psicológicos,
mágicos, com que se gera a infinita
variedade nos espaços arquitetônicos.
Estudar os climas da
arquitetura pode resultar difícil
devido a complexidade dos climas
citados. Se o fizermos, simplificando,
uma primeira aproximação ao
problema pegando somente no mais
estrito sentido térmico da palavra
“clima”, percebe-se que a palavra
clima depende de quatro parâmetros,
da temperatura doar, da radiação, da
umidade e do movimento do ar;
difícil e simples que resume tantas
variedades em quatro valores.
Mas
na
realidade,
entenderemos o clima ou os climas
da arquitetura em um sentido mais
amplo, incluindo todos aqueles
fenômenos ambientais que atuam
sobre os ocupantes de um edifício,
influenciando o seu bem-estar e sua
percepção
ao
mesmo
tempo,
tratando-se desensações térmicas,
táteis, visuais, auditivas, etc.
Falando no sentido mais
convencional do termo, os climas
sobre a superfície do nosso planeta
também são variados, quentes ou
frios, secos e úmidos. Mudam de
acordo com a época do ano, com a
variação de altura do sol ou segundo
a direção dos ventos. De toda esta
variedade
de
climas,
quando
analisamos
a
arquitetura,
simplificamoscasos-tipos
representativos das imposições do
entorno.
Nas regiões quente-secas,
as temperaturas são muito altas
durante o dia, mas abaixam
duramente nas horas noturnas.
Existe uma intensa insolação
e as escassas precipitações de chuvas
e nebulosidades, fazem com que
predomine a radiação solar direta e
que seja muito importante a distinção
entre o sol e a sombra. Podem
aparecer
ventosprejudiciais
carregados de poeira, fazendo
corresponder este clima normalmente
com zonas áridas com muita pouca
vegetação.
È o clima próprio de zonas
continentais próximas ao equador e a
arquitetura popular característica
destas zonas sempre tendem a ser
compactas, com poucas aberturas,
muitas vezes com grossas paredes ou
subterrâneas, para obter a máxima
inércia térmica frente ásvariações do
clima exterior e, por último, com o
magnífico recurso do pátio para gerar
um espaço protegido do sol,
umedecido e refrescado com a
presença de água, que permite
reconciliar a arquitetura com o
exterior.
Nas zonas quente-úmidas,
as temperaturas, ainda que altas, são
mais moderadas e constantes que as
desérticas. As nuvens e as chuvas são
freqüentes, sobre tudo durante umaparte do ano, com o que a radiação,
sempre intensa, e muito mais difusa
que no caso anterior e a umidade é
constantemente alta.
A
arquitetura
popular
característica destes climas, próprios
das zonas subtropicais marítimas, é
uma
arquitetura
leve,
muito
ventilada, protegida por todas
direções da radiação e sem inércia
térmica de nenhum tipo. Os edifícios
são estreitos, compridos ese separam
entre si e do solo para melhor se
exporem as brisas. As paredes
desaparecem praticamente, até o
ponto de desprezar a privacidade para
melhorar a ventilação. As coberturas
se elevam e se projetam com grandes
beirais para proteger da radiação
solar os fechamentos verticais dos
edifícios.
Nas regiões frias, as
temperaturas são baixas o ano todo,
mas em especial no...
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