Arte De Cestaria Indígena
DEMOGRAFIA INDÍGENA
“As estimativas de população aborígene em 1492 ainda são assunto de grande controvérsia. (...)Rosenblat (1954:656) dá 1 milhão para o Brasil como um todo, Moran (1947: 230) dá um modesto 500 mil para a Amazônia, ao passo que Denevan ( 1976:230) avalia em 6,8 milhões a população aborígine da Amazônia, Brasil central e costa nordeste, com a altíssimadensidade de 14,6 habitantes por km₂ na área da várzea amazônica e apenas 0,2 habitantes/km₂ para o interflúvio. Como cifra de comparação, a península Ibérica pela mesma época teria uma densidade de 17 habitantes/km₂ ( Braudel,1979:42).
(...) Diga-se de passagem, sabe-se ainda menos da população da Europa ou da Ásia na mesma época: a América é até bem servida desde os trabalhos demografiahistórica da chamada escola de Berkeley(...). Imagina-se, só como base de comparação, que a Europa teria, do Atlântico aos Urais, de 60 a 80 milhões de habitantes em 1500 ( Borah apud Denevan, 1976:5). Se assim tiver sido realmente, então um continente teria logrado a triste façanha de, com punhados de colonos, despovoar um continente muito mais habitado.
(...) Alguns como Rosenblat, avaliam que de1492 a esse nadir (1650) ,a América perdeu um quarto de sua população; outros como Dobyns, acham que a depopulação foi da ordem de 95% a 96% ( Sánchez-Albornoz, 1973). (...)
Se a população aborígine tinha, realmente, a densidade que hoje se lhe atribui, esvai-se a imagem tradicional (aparentemente consolidada no século XIX), de um continente popuco habitado a ser ocupado pelos europeus. Como foidito com força por Jennings (1975), a América não foi descoberta, foi invadida.”
Atualmente estima-se que a população indígena represente 0,02 % da população brasileira. Sendo faladas xxxxx línguas em todo território nacional. Muitas dessas cultura
ARTE OU ARTESANATO INDÍGENA?
Quando pensamos no panorama da arte contemporânea ou antiga, nacional ou internacional, é pouco provável que venha a mentedo leitor, artistas e obras de indígenas. Até mesmo porque, para a grande maioria, pairam mais dúvidas que certezas se podemos chamar estes homens e mulheres de “artistas”, e se suas grandes produções comumente denominadas de “artesanatos” ( em uma visão reducionista e erronia: “idênticos, utilitários e anônimos” ) podem ser elevada ao status de “arte”.
Foi Darcy Ribeiro quem disse:
“ (...)Mais horas ocupa um índio em satisfazer sua vontade de beleza, fazendo coisas belas, adornando seu corpo, cantando ou dançando, do que qualquer artista profissional nosso dedica a seu oficio, as vezes tão arduamente especializado que deixa de ser gozozo.” (...)
O esforço e a diligencia que um índio põe no fazimento das coisas é muito maior do que o necessário para que elas cumpram suas funçõespragmáticas. Este esforço adicional e dispensável, seria inútil e fútil, se beleza não fosse um assunto tão sério para seres humanos equilibrados e íntegros (...) Ao contrário do homem “civilizado” e atrelado a uma economia de mercado, que trabalha mais tempo para os outros que para si próprio, não tendo folga para o lazer – e que foi espoliado até da confiança em si mesmo como um ser capaz deinteligência e criatividade – o nosso “selvagem” vive uma vida farta e está seguro que ele próprio é uma nobre criatura, capaz de tudo entender e de fazer muito bem ao menos algumas coisas. (...)
Vale dizer que, são povos ( os indígenas do território que hoje conhecemos como brasileiro) que não passaram pela mais brutal e alienadora das vicissitudes humanas, que foi a partição da sociedade emcomponentes antagônicos opostos: um senhorial, minoritário; outro servil, multitudinário. Em conseqüência, suas criações culturais, inclusive as artes, não foram refeitas para servir e honrar a dominação classista, tendo por isto uma genuinidade e generalidade que as nossas perderam. O que nos permite entender que suas atividades criadoras não foram crestadas pela produção em massa, com propósitos...
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