As PirâmiDes De Guiza

Páginas: 12 (2817 palabras) Publicado: 14 de abril de 2012
As pirâmides de Gizé

As pirâmides são os mais famosos monumentos legados pelo Egipto faraónico.

Entre os cerca de cem monumentos tumulares de forma piramidal construídos no Egipto ao longo de quase mil anos destacam-se as três pirâmides de Guiza que foram erguidas para três poderosos reis da IV dinastia (c. 2600-2500 a.C.), Khufu, Khafré e Menkauré, conhecidos também pelos seus nomes emadaptação grega, respectivamente Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Os viajantes gregos e romanos que se deslocavam ao planalto de Guiza para observar as pirâmides, visitavam também a velha cidade de Mênfis, poucos quilómetros a sul.
Perto de Mênfis existem várias pirâmides da V e VI dinastias, mas nos textos dos escritores clássicos não há qualquer referência a elas, nem sequer ao grande complexofunerário de
Sakara, onde está uma pirâmide facilmente reconhecível, composta por seis mastabas sobrepostas, formando o edifício conhecido como «pirâmide escalonada».

As fontes fundamentais para hoje podermos apreciar o que os autores clássicos pensaram sobre o Egipto são Heródoto (séc. V a.C.), Diodoro Sículo (séc. I a.C.), Estrabão (séc. I a.C.-
I d.C.) e Plínio, o Antigo (séc. I d.C.), quevisitaram o antigo país dos faraós.

O mais conhecido divulgador do Egipto na Antiguidade foi Heródoto, que lá esteve em
meados do séc.V, numa altura em que o velho país do Nilo era governado por uma dinastia persa, formada por reis aqueménidas ( XXVII dinastia: 525-404 a.C.).
Heródoto teria estado no Egipto durante três meses, subindo o Nilo e passando por Mênfis e Tebas.
Existe a hipótese deHeródoto se ter inspirado no texto de um anterior viajante grego, Hecateu de Mileto, em cuja obra, hoje perdida, o Egipto vinha descrito.
Além disso, o texto do livro II em que Heródoto alude ao país do Nilo está pejado «de obscuridades, de enigmas, de aproximações, de incertezas, de erros ou por vezes de mal-entendidos, de histórias mais ou menos verdadeiras, de histórias mais ou menos falsas, e deoutras, enfim, das quais jamais saberemos se são verdadeiras ou falsas».
Estranhamente, Heródoto mostra-se mais impressionado com a grandeza das construções de
Amenemhat III (rei da XII dinastia) a sul da sua pirâmide erguida perto do lago Faium do que com as Pirâmides de Guiza (2.148), embora a estas dedique significativas passagens do seu texto. Tais edifícios, cujo plano se desconhece noessencial, ficaram conhecidos por «Labirinto», designação que atesta a complexidade da arquitectura, não se sabendo se eram edifícios administrativos ou um templo.

Quatrocentos anos depois de Heródoto esteve no Egipto Diodoro Sículo, escritor grego nascido na Sicília, que se inspirou em escritores anteriores para a sua descrição do país.
Entre os textos consultados conta-se o de Heródoto, além dosde Hecateu de Abdera (séc. IV-III a.C.), entre outros.
Diodoro, que parece ter subido o Nilo até Mênfis, permaneceu em Alexandria durante uns quatro anos, o tempo suficiente para recolher os dados que apresenta relativos a vários aspectos do Egipto, então na agitada fase final do domínio ptolemaico e já praticamente submetido a Roma.

Outro escritor de origem grega, o geógrafo Estrabão, foi aoEgipto em 25 a.C., acompanhando o prefeito Élio Galo, nomeado por Octávio Augusto para manter a ordem na nova
província romana anexada depois do suicídio de Marco António e da rainha Cleópatra.
Estrabão, que residiu cinco anos em Alexandria, subiu o rio Nilo até à Núbia, tendo estado na ilha de Fila (templo da deusa Ísis; (hoje a ilha de Fila está submersa, em consequência da construção dagrande barragem de Assuão, tendo as antigas construções sido transferidas para a vizinha ilha de Agilkia).
As suas descrições geográficas inspiram- -se em autores anteriores como Hecateu de Mileto, que já havia inspirado Heródoto. Do muito que escreveu restou-nos a sua Geografia, em dezassete livros, sendo o livro XVII parcialmente dedicado ao Egipto, com breves referências às pirâmides....
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