Bienais Do Mercosul

Páginas: 19 (4673 palabras) Publicado: 25 de junio de 2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

INSTITUTO DE ARTES
DISCIPLINA: CIÊNCIAS DA ARTE: CAMPO SOCIAL
PROFESSORA: Bianca Knaak



Intervenções Urbanas nas Bienais do Mercosul

INTRODUÇÃO

A Bienal do Mercosul surgiu com o propósito de integrar e valorizar a arte contemporânea e histórica produzida pelos países latino-americanos do Mercado Comum do Sul. Mediante uma intensaprogramação de exposições, seminários e debates entre artistas, críticos, historiadores e público, seu objetivo mais arrojado seria o de reescrever a história da arte latino-americana através do seu próprio olhar, em um ponto de vista distinto do europeu e do americano. O autoconhecimento, a troca de ideias, o respeito às diferentes culturas locais, tudo isso então somado para resgatar e afirmar apotencialidade dessas nações. Países com sua individualidade, mas também com uma história política similar, de repressões, golpes de estado, luta do povo, fome e miséria.
Desde o princípio, a Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul deu ênfase em ações educativas com o Projeto Pedagógico, qualificando o ensino da arte nas escolas com formação de professores, distribuição de materialdidático, visitas guiadas às exposições e encontros com artistas.
Outra forma de levar a arte para mais perto do público foi através das intervenções em áreas públicas da cidade, presentes desde a primeira edição. Nos quatorze anos de bienal, suas sete edições já somam diversas intervenções urbanas de caráter efêmero – em áreas públicas ou em edifícios redescobertos e revitalizados – edezesseis obras monumentais deixadas para a cidade.
O nosso trabalho pretende fazer um levantamento das diferentes intervenções urbanas realizadas nestas sete edições, identificando o caráter específico de cada uma delas, assim como seus pontos positivos e negativos.
1ª BIENAL
Curador: Frederico Morais


A I Bienal ficou restrita aos países do Mercosul – Argentina, Bolívia,Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, e teve como país convidado a Venezuela. Apresentou um caráter revisionista da arte produzida na região, tendo a geografia como legitimadora de uma identidade. Mesmo localizada fora do eixo Rio-São Paulo, conseguiu grande atenção da mídia, em parte também devido ao seu tamanho (mais de 800 obras). Apesar de almejar uma nova história da arte, esta edição da bienalteve um caráter bastante conservador. O curador Frederico Morais procurou não correr riscos, apostando em artistas de nome já consagrado em seus respectivos países.
No que se refere à arte urbana, foram realizadas intervenções na cidade de Porto Alegre, divididas em Obras Efêmeras, Imaginário Objetual e Jardim das Esculturas. As mostras foram montadas por analogia de linguagem, e não porpaíses, o que permitiu maior integração entre as obras de várias nacionalidades.
Dez artistas foram convidados a realizar intervenções de caráter efêmero em diversos espaços e edifícios da cidade durante a vigência da mostra.
Outro grupo fez um levantamento do “imaginário objetual” de Porto Alegre, reunindo, em exposição, exemplos de criatividade anônima e espontânea da população.Um grupo de onze artistas foi convidado a produzir obras para se integrarem ao patrimônio de Porto Alegre, perpetuando a I Bienal do Mercosul.
A intenção foi manter um diálogo permanente e quebrar a rotina da população, deslocando seu olhar viciado dos espaços arquitetônicos familiares e incorporados ao imaginário coletivo para o objeto artístico inusitado.
O localescolhido foi o Parque Marinha do Brasil, em uma grande área verde chamada Jardim das Esculturas. Compuseram o Jardim obras de Amilcar de Castro, Aluísio Carvão, Francisco Stockinger e Carlos Fajardo, do Brasil; Ennio Iommi, Julio Péres Sanz e Hernan Dompé, da Argentina; Francine Secretan e Ted Carrasco, da Bolívia. Todas as obras utilizaram materiais duráveis, como pedra, aço, concreto e tijolos....
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