Brasil, méxico e integração regional

Brasil, México e a Integração Regional: MERCOSUL, NAFTA e ALCA.
 
A Globalização é um fato imutável e a necessidade de enfrentar problemas comuns tem conduzido países a aproximação com o intuito de realizar acordos de cooperação nas áreas econômica, social, política, educacional, cultural, de pesquisa, desenvolvimento entre outras, objetivando lograr melhor inserção na economia mundial. Oque é uma condição necessária para que as lideranças do continente contribuam para tornar as Américas um ambiente favorável ao crescimento econômico.
A integração econômica promove a ampliação do mercado, aumenta a capacidade de resistência à prática discriminatória do protecionismo extra-regional e potencializa as vantagens comparativas, reduzindo custos via economia de escala. Podemosperceber assim que através da formação de blocos geo-econômicos encontramos a lógica da economia mundial nos tempos de globalização, com o conseqüente aumento da capacidade competitiva das empresas intra-blocos e conseqüentemente inter-blocos.
Ainda podemos citar mais algumas vantagens da integração econômica, como a especialização da produção em setores que têm vantagens comparativas,possibilita a produção em grande escala permitindo o melhor aproveitamento dos recursos de produção com respectiva redução de custos, o aumento da eficiência e redução das tendências monopolísticas, resultado da concorrência com os bens similares produzidos na região, aumento do poder de negociação frente a terceiros países ou a outros mercados, formulação de políticas macroeconômicas integrativas,adoção de padrões mais avançados nas estruturas estatais, atenuação dos problemas de balanço de pagamentos pela adoção de mecanismos de compensação multilateral de saldos comerciais evitando-se o dispêndio de moedas fortes, e a aceleração do ritmo de crescimento econômico pela ampliação e diversificação do mercado.
Neste sentido Brasil e México participam de exemplos distintos de experiências deintegração. O Brasil no Mercosul (Mercado Comum do Sul) e o México no NAFTA (North American Free Trade Agreement).
O NAFTA começou a vigorar na época de conclusão da Rodada Uruguai. Isso representou uma parceria muito desiquilibrada em que Canadá e México não poderiam resistir à dominação uma vez que as transações comerciais com os EUA representava para o Canadá e México 70% e 80% domontante total de negociações internacionais respectivamente. O México gerou US$ 5 bilhões de saldo positivo da balança comercial dos EUA em 1992. Para o México, os subsídios agrícolas vigentes nos EUA e Canadá não são tão desastrosos, já que o México é grande importador de tais produtos. Para os EUA e Canadá, o mercado cativo mexicano de produtos agrícola era muito atraente, principalmente devido àcrescente concorrência nos mercados do mundo em geral, causada pelo enorme montante de subsídios pagos pela UE.
Durante as negociações, os EUA obtiveram do México a abertura total de seu mercado de serviços, enquanto mantivera, seu próprio mercado fechado por meio das barreias horizontais ao livre movimento de prestadores de serviço. O tratado do NAFTA estabeleceu um sistema ridículo de quotaspara os profissionais mexicanos da indústria dos serviços. A dominação do setor de serviços mexicano, estimada em US$ 145 bilhões, era um dos principais objetivos dos negociadores norte americanos em relação ao NAFTA. As negociações do NAFTA conduziram o México através de um governo notoriamente incompetente que se caracterizou, nas palavras de Fred Bergstem na revista “The Economist”, pela“aceitação virtual de todas as demandas e pela realização virtual de todas as concessões”.
As exportações dos EUA ao México aumentaram 45% entre 1993 e 1996, a fatia do México nas importações dos EUA aumentaram ainda mais. Ao mesmo tempo que não menos de 500 tarifas mexicanas foram aumentadas para terceiros interessados, as tarifas mexicanas em bens norte americanos foram cortadas em média...