Cambio e investimento
Elaboração: Alexandre B. Cunha
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POUPANÇA, INVESTIMENTO E CONTA CORRENTE
• Foco do capítulo: introduzir o setor externo no nosso modelo básico. • Em uma economia fechada sem governo o investimento privado é necessariamente igual à poupança privada. O mesmo não ocorre em uma economia aberta (com ou sem governo).
• Quando os residentes emprestam emtermos líquidos para o resto do mundo o país tem um superávit em conta corrente (S > I). • Quando os residentes tomam recursos em termos líquidos junto ao resto do mundo o país tem um déficit em conta corrente (S < I).
• A conta corrente tem uma importante dimensão intertemporal. Através de déficits e superávits na mesma o país como um todo pode transferir recursos de um período para o outro.6.1
• Objetivo: construir um modelo simples para a conta-corrente. — Manteremos a hipótese de pleno-emprego e P = 1.
UMA ANÁLISE FORMAL DE POUPANÇA, INVESTIMENTO E CONTA CORRENTE
• A figura 6.1 (página 163) ilustra a determinação de r, S e I em uma economia fechada. — Estática comparativa: — Inclinação das curvas. ∗ Aumento temporário na renda (por exemplo, safra muito boa): figura 6.2a; r ↓,S ↑, I ↑. ∗ Aumento previsto (logo, no futuro) devido a ganhos de produtividade (que também eleve P M gK): figura 6.2b; r ↑, S?, I?.
• Vamos considerar a situação de uma economia aberta. Denote por B ∗ os direitos líquidos dos habitantes de um país em relação ao resto do mundo. — B ∗ é também chamado de posição do investimento internacional líquido ou posição dos ativos externos líquidos. 24Notas de Aula para Sachs & Larrain
Elaboração: Alexandre B. Cunha
— Se B ∗ > 0, então o país é credor líquido do resto do mundo. Se B ∗ < 0, então o país é devedor líquido do resto do mundo. • Denote por CC o saldo em conta corrente.
∗ CC = B ∗ − B−1 .
• Não é difícil mostrar que
• Observe que B ∗ foi também determinado pelos saldos pretéritos da conta corrente.
∗ ∗ Bt = B0 + CC1 +CC2 + ... + CCt .
Ou seja, a variação dos ativos externos líquidos é igual ao saldo em conta corrente.
(6.1)
(6.2)
• Vamos agora estudar como o saldo em conta corrente se relaciona com I e S. Use a letra i para denotar uma família genérica.
i i B i − B−1 = Qi + rB−1 − C i − I i i Y i = Qi + rB−1 e S i = Y i − C i i B i − B−1 = S i − I i
• A tabela 6.1 (página 165) ‘sugere’ que osEUA passaram de credores para devedores externos líquidos em 1985.
• Importante: a análise acima ignora ‘erros e omissões’ e ‘contrapartida para valorizações e desvalorizações’.
(6.3) (6.4)
i Maneira alternativa de expressar (6.4): B i − B−1 + I i = S i .
Combine as igualdades acima com (6.3).
i
Bi = B∗,
i
Qi = Q,
i
C i = C,
i
Ii = I
∗ Como Y = Q + rB−1 (PNB= PIB + renda líquida recebida do exterior [neste modelo!]) e S = Y − C ∗ B ∗ − B−1 = S − I (6.6) ∗ • Interpretação de (6.6): S = I + (B ∗ − B−1 ), ou seja a poupança doméstica pode ser utilizada para a aquisição de bens de capital ou para acumulação de ativos no exterior.
∗ ∗ B ∗ − B−1 = Q + rB−1 − C − I
(6.5)
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Notas de Aula para Sachs & Larrain • Combine (6.1) e (6.6):Elaboração: Alexandre B. Cunha
Observe que um eventual excesso do investimento doméstico sobre a poupança doméstica pode ser financiado com um déficit em conta corrente, pois I = S − CC. • Há outra forma de expressar a conta corrente. Combine S = Y −C e (6.7) [Possível erro no livro ao mencionar (6.3)]: CC = Y − (C + I) Defina a absorção A (gasto total dos habitantes). A=C +I Conclusão: CC = Y − A (6.9)(6.10) (6.8)
CC = S − I
(6.7)
Interpretação: um déficit em conta corrente acontece quando os residentes do país gastam acima da sua renda (A > Y ). • Importante: um déficit (ou superávit) em conta corrente não é por si só algo bom ou ruim. • A determinação de S, I e CC para uma ‘pequena economia aberta’ está ilustrada na figura 6.4 (página 171). — ‘Distâncias horizontais’ ! • Dentre outras...
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