Campones Na França

O camponês na França tinha verdadeiro amor a terra, mesmo essa terra sendo pobre com os cuidados dos camponeses “ela produzia porque era amada”[1]. Fato esse que tornava os franceses bem diferentes dos ingleses, que por não ter esse apego a terra, procuravam lucros e não se prendia a elas, podemos perceber isso e a critica feita pelos franceses na passagem, “dizem o país; nos dizemos apátria”[2].
Era comum encontrar na França pequenas propriedades, e essa surgiram bem antes da Revolução, não passou a existir por um momento de crise. Isso se deve ao fato de os camponeses considerarem que tendo a sua terra eles se tornam livres, por não serem empregados, por serem os seus próprios patrões. Em momentos de crise como quando a França foi esgotada por Luís XI, esses camponeses e pequenosproprietários eram favorecidos, pois os nobres eram obrigados a vender suas terras a preços baixos, assim muitas vezes dividindo-as e formando novos proprietários de terras. Essas fases passavam por altos e baixos, épocas de ascensão para a nobreza seguidas por declínio e ascensão dos camponeses e assim acontecia sucessivamente.
Em 1650, os nobres que passaram por essa crise e ficaram sem suas terraconseguiram reave-las, e nesse momento de alta de impostos os nobres conseguiram ficar livres delas, tornando assim muito difícil a situação da classe camponesa.
Com todas essas dificuldades os camponeses que eram principais responsáveis pela qualidade das terras por tornarem ate área ruins em áreas produtivas através do trabalho árduo, continuou trabalhando de forma exagerada para seu sustentoe de sua família. E continua lutando pela sua terra e na maioria das vezes se endividando por serem comprados valores e taxas de impostos mais altas do que os lucros obtidos no seu trabalho em sua terra.
Com todos esses acontecimentos e perdas o trabalhador rural perde sua alegria e desanima-se, “se torna selvagem e insociável” [3]. As pessoas que moravam nas cidades passaram a evita-los e atemesmo a preferirem não fazer negócios com os mesmo ou então, manter os negócios mais mandando representantes para evitar o contato.
O governo do país também teve sua participação para que se chegasse a tal situação, ele passou a não se importar e assim a não investir na agricultura, com o surgimento das indústrias, assim investido apenas nela. Além da “importação de produtos estrangeiros, impedira exportação dos nacionais” [4].
Com toda essa dificuldade encontrada pelos camponeses ele passa a sentir inveja dos operários, porque o pouco que eles ganham passa a ser muito para os camponeses que estão em tal situação. “Ele, que chama burguês ao fabricante, é um burguês para o homem do campo” [5].
O camponês chega a mudar a sua ideia de liberdade quando entende que ser livre é não ter quepreocupar com estações do ano ou fenômenos climáticos, assim como os operários que trabalham o ano todo independente do clima, ganhando assim o seu dinheiro. E muda as suas visões diante de varias questões na sociedade.
O trabalhador rural vai para a cidade e passa a acha-la exuberante, principalmente pelas chances que eles acreditam que ela possa dar. Os camponeses que deixam o campodificilmente voltam para lá, os que trabalham como empregados particulares obtêm alguns luxos dos patrões por estarem juntos, assim não querendo voltar para a vida sem essas regalias, já os que trabalham em empresas sentem vontade de voltar ao campo mais acreditam ser incapazes de voltar a praticar trabalhos pesados agora que acostumaram com trabalhos mais leves.
Mesmo os altíssimos impostos e o altocusto de vida e de mercadorias os camponeses não voltam para o campo e permanecem nas cidades. Acreditam que como no campo com salários menores eles conseguiam economizar, agora na cidade com o salário um pouco mais alto economizaram ainda mais, o que de fato não ocorre, pois as tentações de consumo nas cidades e a facilidade em obter os produtos é muito maior.
De inicio o ambiente de trabalho...