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Internacionalização versus exportação:
o caso da suinocultura brasileira
Rodrigo Cintra*
Mariana Ricci**
As empresasbrasileiras são, cada vez mais,
forçadas a enfrentar o mercado mundial, tendo que
desenvolver estratégias de inserção de seus produtos
e marcas sob pena de serem ultrapassadas e se
tornarem pouco competitivas. Assim, a participação
no mercado mundial não é apenas mais um diferencial
para um crescente número de empresas, é uma
questão de sobrevivência.
A questão central passa a ser “que tipo deinternacionalização é mais adequada?”. Existem
várias formas de se envolver com o tema da
internacionalização, começando com simples
exportações até a abertura de unidades produtivas em
outros países. No meio desse caminho, é possível
encontrar ações de representação, contratação de
agentes internacionais, distribuidores ou ainda joint
ventures.
É importante salientar que não existe ummodelo
ideal, já que essas ações podem ser desenvolvidas
concomitantemente ou como fases de um processo
maior. No entanto, cada caso é um caso, e assim deve
ser tratado. As empresas devem estar dispostas a
investir seriamente no desenvolvimento das
estratégias de internacionalização, conhecendo os
riscos, custos e possibilidades de retorno.
Um setor que tem sido particularmente obrigado
aenfrentar o mercado mundial é a suinocultura
brasileira, especialmente quando se pensa no caso de
sua participação no mercado russo.
Atualmente a Rússia é o destino de 65% das
exportações brasileiras de carne suína, um volume de
404,739 mil toneladas, correspondentes a US$ 805
milhões (segundo dados da ABIPECS), sendo a maior
parte de carcaça congelada (baixo valor agregado). O
paísestabeleceu uma política de cotas para importação
de carnes e, apesar do Brasil ser seu principal
fornecedor de carne suína, não possui uma cota
própria – ficando suas exportações restritas a uma
cota compartilhada com diversos países.
Para 2006 as cotas continuam bastante rígidas,
o Brasil dividirá um volume de 181,032 mil toneladas
(38% do total) com os outros países exportadores de
carne suínapara a Rússia. A tarifa de importação é de
15% e a extra-cota 60%. No entanto as oportunidades
brasileiras no mercado russo são oriundas
principalmente da incapacidade dos demais países em
abastecer (ainda que parcialmente) a demanda, em
face da baixa capacidade produtiva ou problemas com
epizootias. A alta competitividade brasileira, cujo custo
de produção de carne suína é o menor domundo,
faz com que os importadores optem pela carne
advinda do país.
Para determinar uma possível estratégia de
aumento da inserção do setor suinícola brasileiro em
seu principal mercado importador é necessário analisar
alguns fatores tais como: qual a tendência de
consumo na Rússia? quais os padrões produtivos e
suas tendências? quais são os principais competidores
e que estratégias têmadotado?
Um estudo desse perfil ultrapassaria os limites
desse artigo, porém é possível indicar algumas
das respostas, de forma a melhor compreender
como podem ser feitas escolhas no tocante à
internacionalização das empresas brasileiras.
* Diretor da Focus R.I. – Assessoria & Consultoria em Relações Internacionais e Vice-Presidente da Câmara de Comércio
Argentino-Brasileira de São Paulo
**Consultora da Focus R. I. – Assessoria & Consultoria em Relações Internacionais (www.focusri.com.br)
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Tendências do mercado russo...
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