como hacer cosas con palabras

 
 
 
 
 
 

CÓMO HACER COSAS CON 
PALABRAS 
 

 
J. L. Austin 
 
(1955) 
 
 
 
 

Edición electrónica de 
www.philosophia.cl / Escuela de 
Filosofía Universidad ARCIS. 
 

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ÍNDICE 
 
 
CONFERENCIA I............................................................................................................................ 3 
 
CONFERENCIA II ........................................................................................................................ 10 
 
CONFERENCIA III ....................................................................................................................... 18 
 
CONFERENCIA IV....................................................................................................................... 27 
 
CONFERENCIA V......................................................................................................................... 36 
 
CONFERENCIA VI ....................................................................................................................... 45 
 
CONFERENCIA VII..................................................................................................................... 55 
 
CONFERENCIA VIII .................................................................................................................... 62 
 
CONFERENCIA IX ....................................................................................................................... 71 
 
CONFERENCIA X......................................................................................................................... 78 
 
CONFERENCIA XI ....................................................................................................................... 86 
 
CONFERENCIA XII...................................................................................................................... 96 
 
APÉNDICE DEL COMPILADOR ............................................................................................ 110 

 
 

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CONFERENCIA I 
 
 
 
Lo  que  habré  de  decir  aquí  no  es  difícil  ni  polémico;  el  único  mérito  que quisiera reivindicar para mi exposición es que es verdadera, por lo menos en parte. 
El  fenómeno  que  examinaré  es  muy  difundido  y  muy  obvio,  y  sería  imposible  que 
otros no  lo  hubieran advertido,  al  menos ocasionalmente.  Sin  embargo,  no  he  visto 
que se le preste atención de manera especifica. 
 
Durante  mucho  tiempo  los  filósofos  han  presupuesto  que  el  papel  de  un 
“enunciado”  sólo  puede  ser  “describir”  algún estado  de  cosas,  o  “enunciar  algún 
hecho”,  con  verdad  o  falsedad.  Es  cierto  que  los  gramáticos  han  señalado  siempre 
que  no  todas  las  “oraciones”  son  (usadas  para  formular)  enunciados1: 
tradicionalmente,  junto  a  los  enunciados  (de  los  gramáticos)  hay  también 
preguntas  y  exclamaciones,  y  oraciones  que  expresan  órdenes  o  deseos  o permisiones. Y los filósofos no se han propuesto negarlo, pese a algún empleo poco 
riguroso  de  “oración”  para  significar  “enunciado”.  Sin  duda,  también,  tanto  los 
gramáticos como los filósofos han caído en la cuenta de que ni siquiera es en modo 
alguno fácil distinguir las preguntas,  las  órdenes,  etc.  de  los  enunciados  por  medio 
de  los  escasos  e  insatisfactorios  criterios gramaticales  disponibles,  tales  como  el 
orden  de  las  palabras,  el  modo  verbal,  etc.,  aunque  quizá  no  ha  sido  común 
detenerse  en  las  dificultades  que  este  hecho  obviamente  suscita.  Porque,  ¿cómo 
habremos de decidir cuál es cuál? ¿Cuáles son los límites y las definiciones de cada 
grupo? 
 
Pero  en  los  últimos  años,  muchas  cosas  que  anteriormente ...