El Ativismo De Pearl Jam

O ativismo da banda de Seattle



Ao longo de seus vinte anos, Pearl Jam sempre foi mais do que uma simples banda de rock. O conjunto americano liderado por Eddie Vedder apresentou durante sua trajetória diversas manifestações de ativismo político, social e ambiental.

A primeira grande questão que os roqueiros abordaram foi a livre escolha da mulher em abortar. No ano de 1992, o vocalistaVedder escreveu um artigo para a revista americana Spin titulado “Reclamação”, no qual o músico se manifestava a favor do movimento “pro-choice”, que na época defendia a causa. Além disso, fizeram campanhas de alerta à doença de Crohn - da qual sofre o guitarrista Mike McCready -, participaram de eventos em prol da sustentabilidade e realizaram shows beneficentes com o fim de auxiliar os fundosdos mais diversos ativismos.

Em entrevista à revista Rolling Stone de capa “Os sobreviventes grunge de Seattle estão prontos para o segundo ato” (“Seattle's grunge survivors get ready for Act Two”, 2007), Eddie Vedder afirma: “Essa é a melhor maneira de ajudarmos o que achamos que precisa ser ajudado, defendermos o que vemos que precisa ser defendido e atacar aquilo que sabemos que temos aobrigação de atacar”.

A maneira a que o músico se refere é fazer uso da grande imagem que o Pearl Jam tem e a escala que suas manifestações podem alcançar, uma vez que a banda é historicamente respeitada e escutada por pessoas de diferentes faixas etárias em todo o mundo. Sendo assim, a cada show, a cada álbum e a cada declaração, os membros do conjunto de Seattle apresentam alguma ideia que possaservir de mensagem à sociedade sobre determinado assunto. Pode-se tomar como exemplo a já comentada questão do aborto. Ainda em 1992, na gravação do MTV Unplugged da banda, Vedder escreveu “Pro-choice” em seu braço enquanto cantava “Porch”, uma das mais clássicas músicas do Pearl Jam e, portanto, que não poderia ser cortada ou editada da gravação do show.

Outro tema relevante é o ativismoambiental do conjunto que em seu último CD (“Backspacer”, 2009) traz a canção “Amonsgt The Waves” (Por Entre As Ondas), na qual Stone Gossard – guitarrista do Pearl Jam e compositor da música em questão – fala da sensação libertadora e única que é estar por entre as ondas do mar. O vídeo-clipe mostra praias limpas, crianças nadando em meio aos corais, surfistas junto à água cristalina e toda a vida que omar representa. Ao final, como extremo contraste a tudo aquilo que havia sido mostrado durante todo o vídeo, são expostas fotos com manchas de petróleo no oceano e animais mortos devido a isso. Acompanha a seguinte mensagem: “Só existe um oceano para todos. Pense no que vem depois do presente e nas futuras gerações”. E então, por fim, é apresentado o endereço do site no qual o Pearl Jam alimentadebates, sugestões e manifestações sobre o tema (www.pearljam.com/oceans).

Com isso comprova-se que é através de sua música, de fato, que os integrantes da banda conseguem fazer chegar aos ouvidos da sociedade as mensagens que querem – como cidadãos - passar e que, só podem fazer graças a toda a atenção que tem o Pearl Jam. Trocando em miúdos, por maiores que sejam as causas que a banda apóie etrabalhe paralelamente à sua produção musical, somente as músicas e os shows do Pearl Jam têm o poder de chamar a atenção para este ativismo que a banda faz.

Conscientes disso, os membros do conjunto de Seattle fizeram uma série de músicas de protesto contra o governo Bush. As músicas do Pearl Jam, em sua grande maioria com visões e críticas político-sociais, a partir de 2000 tiveram suatemática invadida pela rejeição às atitudes tomadas pelo então presidente americano George W. Bush e à postura dos norte-americanos favoráveis a uma imposição dos Estados Unidos perante o resto do mundo.

Em seu sexto álbum de estúdio – “Binaural” (2000) – o Pearl Jam apresenta a músicas “Insignificance ”, que fala sobre a soberba americana quando se vê como nação superior às outras. No seguinte CD...