El Nombre De La Rosa

Feudalismo - O Nome da Rosa

O intuito do presente trabalho é encontrar características do feudalismo do século XIV no filme O nome da Rosa. O trabalho incluirá uma descrição das principais características do período, dos estamentos sociais, do papel e do poder da Igreja, e finalmente as causas da declinação do sistema feudal. Além disso, considerará o século XIV com particular atenção nasmudanças que a sociedade está atravessando nesse momento histórico. Por último, analisará elementos de transição da Idade Media para a Idade Moderna, e as modificações no pensamento e na sociedade.

Analisa-se o longa-metragem O nome da Rosa, do diretor francês Jean Jacques Annaud, já que o filme é uma clara representação de muitas das características da sociedade feudal, os estamentos bemdefinidos tanto na sociedade quanto na Igreja, e as modificações das idéias dos homens e da cultura da época. Ao mesmo tempo, descreve uma sociedade com idéias feudais que começa a incorporar conceptos novos, formas diferentes de pensar em Deus, nos homens e no mundo.

O filme, que foi lançado em 1986, está baseado no romance homônimo do escritor e filósofo italiano Umberto Eco, e que poderiaser resumido deste modo: “Ficção de estréia de um dos mais respeitados teóricos da semiótica, O Nome da Rosa transformou-se em prodígio editorial logo após seu lançamento, em 1980. Tamanho sucesso não parecia provável para um romance cuja trama se desenrola em um mosteiro italiano na última semana de novembro de 1327. Ali, em meio a intensos debates religiosos, o frade franciscano inglês Guilhermede Baskerville e seu jovem auxiliar, Adso, envolvem-se na investigação das insólitas mortes de sete monges, em sete dias e sete noites. Os crimes se irradiam a partir da biblioteca do mosteiro - a maior biblioteca do mundo cristão, cuja riqueza ajuda a explicar o título do romance: "o nome da rosa" era uma expressão usada na Idade Média para denotar o infinito poder das palavras.”[1] O títulooriginal do filme é Der Name Der Rosee, o país de origem Alemanha, e os protagonistas principais são Sean Connery, no papel do monge franciscano William de Baskerville, e Christian Slater, como o novicio Adso Von Melk, quem, na sua velhice vai relatar os acontecimentos: “Ya al final de mi vida de pecador, mientras canoso y decrépito como el mundo, espero el momento de perderme en el abismo sin fondode la divinidad desierta y silenciosa, participando así de la luz inefable de las inteligencias angélicas, en esta celda del querido monasterio de Melk, donde aún me retiene mi cuerpo pesado y enfermo, me dispongo a dejar constancia sobre este pergamino de los hechos asombrosos y terribles que me fue dado presenciar en mi juventud, repitiendo verbatim cuanto vi y oí… El Señor me concede la graciade dar fiel testimonio de los acontecimientos que se produjeron en la abadía…” [2]

Fiel ao livro, o filme transcorre no ano 1327 numa abadia beneditina do norte da Itália, durante o papado de Juan XXII (1316 – 1334). Pode ver-se desde o começo como o autor do romance quer salientar – e o diretor do filme mantém – o grande poder da Igreja numa sociedade feudal, teocêntrica, na qual Deus temcomo representante ao Papa e o poder da Igreja está inclusive por cima do poder político: para que o rei fosse reconhecido precisava do reconhecimento do Papa. É uma sociedade de ordens, hierarquizada, de estamentos bem diferenciados e com funções sociais muito claras. A relação de poder da Igreja tem, obviamente, avanços e retrocessos, mais com uma tendência que permite o desenvolvimento e aexpansão da Santa Inquisição em Europa. Isso já fica claro nos primeiros diálogos do filme: “¿Debemos decirle?” “No. Buscará en el lugar equivocado” “Pero ¿y si lo averiguara por su propia cuenta?” “Sobreestima sus capacidades, padre abad. Sólo existe una entidad capaz de investigar tales asuntos: la Santa Inquisición”. Ainda que esse diálogo fique pouco claro para o espectador (o que faz parte...