Gemas
Gemas, Amuletos e Talismãs
A propósito das experiências de William Stainton Moses Contém Relação cronológica das principais obras de Ernesto Bozzano
Paul Sérusier O Talismã
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Conteúdo resumido
A presente obra contém uma pequena monografia de Ernesto Bozzano, que foi publicada em “Reformador”, órgão da Federação Espírita Brasileira, nos meses de abril e maio de 1937.Trata-se de um estudo sobre a validade ou não da crença segundo a qual certos objetos – gemas, amuletos e talismãs – podem influenciar, benéfica ou maleficamente, o seu possuidor. Para esse trabalho, Bozzano valeu-se das excepcionais faculdades mediúnicas do pastor Stainton Moses. O autor relutou antes de publicar o presente estudo, que ele próprio considerava “escabroso” e, em princípio, baseadoem superstições ingênuas. Além disso, este é um dos assuntos que no campo do psiquismo se conservavam menos elucidados. Mas a sua decisão de publicá-lo se deu pela simples razão de que o objetivo da Ciência é a busca da verdade, independente de ser o assunto polêmico, estranho, bem-visto ou não.
Sumário
Introdução.................................................................................... 4 Capítulo I ...................................................................................... 6 Capítulo II .................................................................................. 16 Capítulo III ................................................................................. 23 ERNESTO BOZZANO – Relação cronológica de suas principais obras ......................... 30Introdução
É este, talvez, um dos assuntos que, no campo do psiquismo, se conservam menos elucidados, senão em profunda obscuridade, razão naturalmente pela qual também é o que dá lugar a opiniões ou crenças mais extremadas, que vão desde a negação absoluta até a aceitação integral e sem reservas de todas as lendas e romances que se hão tecido em torno da eficácia desses objetos a que, vai paramuitos séculos, se atribuem as mais variadas e portentosas virtudes. Mesmo entre os que não são inteiramente hóspedes no terreno da fenomenologia psíquica, diversificam-se muitíssimo os pareceres, o que até certo ponto não se deve estranhar, dado que é esse um dos pontos sobre os quais menos explícitos se mostraram os Espíritos reveladores, nas instruções, revelações e esclarecimentos quetransmitiram ao mestre Allan Kardec, o qual também pouco se demorou em comentá-lo na obra básica da sua codificação – O Livro dos Espíritos. Tudo isso, parece-nos, justifica bem o qualificativo de “escabroso” que, decidindo-se a explaná-lo, lhe deu Ernesto Bozzano e explica que haja hesitado em submetê-lo à sua análise sempre potente e jamais falha. Felizmente, porém, não obstante a escabrosidade que lhenotou, o grande pensador e filósofo venceu a hesitação que essa escabrosidade lhe criava e entrou na questão, resolvido a elucidála, em sucessivos artigos, pelas colunas da Revue Spirite, até onde lhe permitissem os elementos que logrou reunir para assento do seu estudo analítico. De certo, não haverá quem, entre os verdadeiramente estudiosos, não se rejubile, como nós nos rejubilamos, com adecisão que tomou o eminente sábio italiano, de aclarar, com a sua lógica de analista insuperável, o assunto em apreço, sobre o qual paira ainda tanta obscuridade. Desse júbilo forçosamente partilharão todos quantos já se familiarizaram com os trabalhos do grande e fecundo escritor, todos quantos desejam e procuram sinceramente conhecer a verdade do moderno espiritualismo e
que, pela sua mesmasinceridade, vão pesquisá-la nas fontes puras e não nas obras, já de sobejo desarticuladas, de pseudosábios ou de autores que por interesse hão tentado denegri-la, sem, contudo, nunca o terem logrado, nem por instantes, no juízo dos que não trazem mais ou menos obliterado o raciocínio. Conscientes, portanto, estamos de prestar um bom serviço à causa que propugnamos, transplantando, com a devida...
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