henry kissinger

H E N R Y KISSINGER: D E L A A M E N A Z A
COMO INSTRUMENTO PARA L A P A Z *
SOLEDAD L O A E Z A

D U R A N T E más de u n a década l a guerra de V i e t n a m absorbió buena parte
de los esfuerzos de l a política exterior de Estados U n i d o s . C o n H e n r y K i s singer se identifica no únicamente el f i n del compromiso norteamericano
e n ese conflicto, y l a recuperación de u n avisión global, sino también u n
c a m b i o de actitud que se h a considerado c o m o l a "desideologización" de
l a política internacional. E n este trabajo intentaremos identificar los elementos que h a n intervenido en este cambio, así como sus límites en térm i n o s de u n a perspectiva más a m p l i a . E l análisis parte de l a noción de
a m e n a z a como el instrumento más eficaz en l aejecución del proyecto kissingeriano.

LA

N U E V A DISTRIBUCIÓN D E L PODER

D u r a n t e más de veinticinco años l a política internacional h a estado d o m i n a d a por l a r i v a l i d a d soviético-americana. S i n embargo, l a intensidad
de esta confrontación n o h a sido constante. G o m o se inserta e n u n a est r u c t u r a global de desarrollos interdependientes, h a tendidoa a d q u i r i r el
tono que exige u n equilibrio más a m p l i o .
Podemos caracterizar l a década de los cincuenta como l a fase álgida de
esta hostilidad. E l desmoronamiento del antiguo orden m u n d i a l y l a apa¬
* E n este trabajo me propongo analizar el recurso

a l a amenaza como i n s t r u -

m e n t o eficaz p a r a l a conducción de l a d i p l o m a c i a norteamericana,tal y como

ha

sido u t i l i z a d a por H e n r y K i s s i n g e r , en u n m u n d o en el que la guerra nuclear es l a
expresión última de l a violencia, y l a c u a l no porque se mantenga latente y bajo
c o n t r o l es menos real. A este respecto quisiera señalar que el punto de p a r t i d a de
este trabajo

es u n artículo de R a y m o n d

apareció en l a revista C o n t r ep o i n t ,

A r o n , " L a guerre est u n caméléon"

N o . 15, septiembre

de

1974, p p . 9-30,

que

el cual

replantea el problema de l a naturaleza de l a guerra en el sistema interestatal act u a l , a l a luz de los postulados de Clausewitz. Este artículo constituye u n a p r i m e r a
aproximación a esta problemática, l a c u a l el mismo autor analiza con todo detalle
ensu o b r a :

P e n s e r la G u e r r e , C l a u s e w i t z , París, G a l l i m a r d , 1976, 2 vols.
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K I S S I N G E R Y L A PAZ

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ición d e u n a nueva tecnología bélica, fueron dos elementos determinanes en e l surgimiento de l a estructura bipolar que h a fundamentado y c o n l i c i o n a d o el comportamiento y l a evolución reciente del sistemainterlacional.
Las
armas nucleares generaron casi necesariamente u n a concepción esratégica, en términos políticos y militares, diferente de l a que hasta enton;es habían inspirado las armas'convencionales. E n u n primer momento l a
íompetencia entre Estados U n i d o s y l a Unión Soviética se expresó en u n a
:arrera armamentista apenas contenida dentro del frágil equilibrio del te•ror e n quese instaló su r i v a l i d a d . E s t a concentración del poder nuclear
lefinió l a alineación de los demás actores internacionales; además el acceso
i l a i n d e p e n d e n c i a de las antiguas colonias europeas en A s i a y África v i n o
x exasperar l a l u c h a por l a hegemonía absoluta, y e l deseo de asentar esta
realidad en esferas de influencia a nivel m u n d i a l .
E n esosaños las crisis internacionales adquirían el tono dramático que
les infundía l a amenaza de l a destrucción total. L a política de contención
de H a r r y S. T r a m a n , l a de brinkmanship
— o del desafío llevado hasta
el límite— de Foster Dulles, o l a política de "defensa a ultranza de l a
d e m o c r a c i a " , t a l y como fue f o r m u l a d a por J o h n F . K e n n e d y , y l a...