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El principio de la respons abili dad

Hans Jonas.
C a p í t u l o P ri m e r o .
El carácter modificado d e l a a c c i ó n h u m a n a .
Todas las éticas habidas hasta ahora -ya adoptasen la forma de pre ceptos directos de hacer
ciertas cosas y no hacer otras, o de una determi n ac i ón de l os pri nc i pi os de t al es prec ept os ,
o d e l a p r e s e n t a c i ó n d e u n f u n da m e n t o d e l a o b l i g a t o r i e d a d d e o b e d e c e r a t a l e s principios compa rtía n tácitame nte las siguientes pre misas conect a d a s e n t r e s í : 1 ) L a c o n d i c i ó n
h u m a n a , r e s u l t a n t e d e l a n a t u r a l e z a d e l homb re y de las cosas, perma nece en lo
fund ame ntal fija de una vez p a r a s i e m p r e . 2 ) S o b r e e s a b a s e e s p os i b l e d e t e r m i n a r c o n
claridad y sin dificultades el bien humano. 3) El alcance de la acción humana y, por ende, de
la responsabilidad humana está estrictamente delimitado.
Es propósito de las consideraciones siguient es mostrar que tales p r e m i s a s y a n o s o n
v á l i d a s y r e f l e x i o n a r s o b r e l o q u e e l l o s i g n i f i ca para nuest ra situación moral. Más
concre tam ente , afirmo que c i e r t o s d e s a r r o l l o s d e n u e s t r o p o d e r h a n m o d i f i c a d o e l c a r á c t e r
de la acción humana. Y dado que la ética tiene que ver con las acciones, seguidamente
habremos de afirmar que la modificada naturaleza de las acciones humanas exige un
cambio también en la ética. Esto, no sólo en el sentido de que los nuevos objetosque
han entr ado a form ar p a r t e d e l a a c c i ó n h u m a n a h a n a m p l i a d o m a t e r i a l m e n t e e l á m b i t o d e
los casos a los que han de aplicars e las reglas válidas de compo rta m i e n t o , s i n o e n e l
s e n t i d o m u c h o m á s r a d i c a l d e q u e l a n a t u r a l e z a cualitativa ment e noved osa de varias de
nuest ras acciones ha abier to u n a di m e n s i ó n t o t a l m e n t e n u e v a d e r e l e v a n c i a é t i c a n o
p r e v i s t a e n las pers pectivas y cánones de la ética tradicional.
Las nuevas capaci dad es a que me refie ro son, claro está, las de la t é c n i c a m o d e r n a . M i
p r i m e r p a s o c o n s i s t i r á , p u e s , e n p r e g u n t a r d e qué mod o afecta esa técnica a la natu raleza
d e n u e st r a s a c c i o n e s , e n qué medid a hace que las acciones se manifi esten de mod o
distinto a como lo han hecho a lo largo de todos los tiempos. Puesto que en ninguna de esas
épocas careció el hombre de técnica, mi pregunta apunta a la diferencia humana entre la
técnica moderna y todas las técnicas anteriores.

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Barcelona. Editorial Herder, 1995.

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I. El ejemplo de laAntigüedad

C o m e n c e m o s c o n u n a v i e j a v o z a c e r c a d e l p o d e r y h a c e r d e l o s hombres, que en un
s e n t i d o a r q u e t í p i c o t i e n e y a , p o r a s í d e c i r l o , u n cierto tono tecnológico : el famos o coro de la
Antígon a de Sófocles.
Muchas son las maravillas,
pero el hombre es la mejor.
Por el mar canoso corre
sin mied o al soplo invern al
delNoto y a su destino
llega entre olas encrespadas;
ator ment a a la diosa
soberana entre todas, la Tierra incansable
y eter na, y cultiva cada año los surcos
c on l a prol e del c abal l o.
E cha la red y persig ue
a l a raz a de l os páj ar os
de mentes atol ond rad as
y a l as fi eras de l os bos q ues
y a l as c ri atur as mari nas
e l h o m b r e ll e n o d e i n g e n i o ;
y consus artimañ as
domin a a la fiera que el mont e recor re,
pone yugo al corcel en su crin onde ant e
y a l f u e r t e t o r o s il v e s t r e .
Y l engu aj e adqui ri ó y pens a mi ent o
ve l o z c o m o e l v i e n t o y c o s t u m b r e s
de civil convivencia y a huir aprendió
de la helada lluvia.
Infinitos son los recursos con que afr onta
el futu ro, mas de Hades
no es c apa rá,...