Módulo Literatura Fantástica

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Lo legendario y el
imaginario popular

PLAN DE TRABAJO
L e e r e i n t e r p r e t a r l e y e n d a s románticas.
R e l a c i o n a r e l c o n t e x t o histórico d e l r o m a n t i c i s m o c o n l o fantástico l e g e n d a r i o .
Diferenciar el m u n d o representado e n los relat o s m a r a v i l l o s o s , extraños y fantásticos l e g e n darios y modernos.
L e e r t e x t o s d ecrítica l i t e r a r i a .
P r o d u c i r u n relato a p a r t i r de u n a leyenda.

La ajorca de oro

E

lla e r a h e r m o s a , h e r m o s a c o n esa h e r m o s u r a
q u e i n s p i r a e l vértigo; h e r m o s a c o n esa h e r m o s u r a q u e n o s e p a r e c e e n n a d a a l a q u e soñamos
e n l o s ángeles, q u e , s i n e m b a r g o , e s s o b r e n a t u r a l ; h e r m o su r a diabólica, q u e t a l v e z p r e s t a e l d e m o n i o a a l g u n o s seres p a r a h a c e r l o s sus i n s t r u m e n t o s e n l a T i e r r a .
Él l a a m a b a ; l a a m a b a c o n e s e a m o r q u e n o c o n o c e
f r e n o n i límites; l a a m a b a c o n ese a m o r e n q u e s e b u s c a
u n goce y solo se e n c u e n t r a n m a r t i r i o s ; a m o r q u e se
asemejaa la felicidad, y que, n o obstante, parece i n f u n d i r e l c i e l o p a r a l a expiación d e u n a c u l p a .
E l l a era caprichosa, caprichosa y extravagante
c o m o t o d a s las m u j e r e s d e l m u n d o .
Él, s u p e r s t i c i o s o , s u p e r s t i c i o s o y v a l i e n t e ,
c o m o t o d o s l o s h o m b r e s d e s u época.
E l l a s e l l a m a b a María Antúnez.
Él, Pe d r o A l f o n s o d e O r e l l a n a .
L o s d o s e r a n t o l e d a n o s , y l o s d o s vivían e n l a
m i s m a c i u d a d q u e los v i o nacer.
L a tradición q u e r e f i e r e e s t a m a r a v i l l o s a h i s
t o r i a , a c a e c i d a h a c e m u c h o s años, n o d i c e n a d a
más a c e r c a d e l o s p e r s o n a j e s q u e f u e r o n s u s
héroes.
Y o , e n m i c a li d a d d e c r o n i s t a verídico,
n o añadiré n i u n a s o l a p a l a b r a d e m i c o s e cha para caracterizarlos mejor.

EMPEZAMOS POR HABLAR
¿Te g u s t a m i r a r películas o l e e r h i s t o r i a s f a n tásticas d e t e r r o r ? ¿Por qué?
E n l a actualidad, circulan muchas leyendas
u r b a n a s . ¿Conoces a l g u n a ? ¿Cómo s e r e l a c i o n a n esas l e y e n d a s c o nlas s u p e r s t i c i o n e s y
creencias populares?
¿Es i m p o r t a n t e c o n s e r v a r e s t a s t r a d i c i o n e s
y creencias? D i s c u t a n e n t r e ustedes y f u n d a menten.

.ECTURA

II
Él l a encontró u n día l l o r a n d o y l e preguntó:
-¿Por qué l l o r a s ?
E l l a se enjugó l o s o j o s , l e miró fijamente, arrojó u n
s u s p i r o y volvió a l l o r a r .
P e d ro , e n t o n c e s , acercándose a María, l e tomó u n a
m a n o , apoyó e l c o d o e n e l p r e t i l árabe d e s d e d o n d e l a h e r m o s a m i r a b a p a s a r l a c o r r i e n t e d e l río, y tornó a d e c i r l e :
-¿Por qué l l o r a s ?
E l T a j o s e retorcía g i m i e n d o a l p i e d e l m i r a d o r e n t r e
las r o c a s s o b r e q u e se a s i e n t a l a c i u d a d im p e r i a l . E l s o l
trasponía l o s m o n t e s v e c i n o s , l a n i e b l a d e l a t a r d e flotab a c o m o u n v e l o d e g a s a a z u l , y s o l o e l monótono r u i d o
d e l a g u a interrumpía e l a l t o s i l e n c i o .
María exclamó:
- N o m e p r e g u n t e s p o r qué l l o r o , n o m e l o p r e g u n t e s : p u e s n i y o sabré c o n t e s t a r t e , n i tú c o mp r e n d e r m e .
H a y d e s e o s q u e se a h o g a n e n n u e s t r a a l m a d e m u j e r , s i n
q u e l o s r e v e l e más q u e u n s u s p i r o ; i d e a s l o c a s q u e c r u z a n p o r n u e s t r a imaginación, s i n q u e o s e formularlas e l
l a b i o ; fenómenos i n c o m p r e n s i b l e s d e n u e s t r a n a t u r a l e za misteriosa, que el h o m b r e n o p u e d...