Mestre
Laís Sandi Foganholo - Unesp Bauru
Henrique Meira de Castro - PUC-SP
Este ensaio tem como objetivo utilizar ateoria do processo grupal do psicólogo salvadorenho Ignacio Martín-Baró e de Silvia Lane para analisar a necessidade de uma militância ativa do movimento estudantil, em particular na Unesp câmpus deBauru, para que este possa se tornar um movimento de prática transformadora.
O processo grupal é uma proposta de trabalho dentro das teorias de dinâmica de grupos da Psicologia e postula que o grupoé “uma estrutura de vínculos e relações entre pessoas que canaliza em cada circunstância suas necessidades individuais e/ou interesses coletivos” (MARTÍN-BARÓ, 1989). Os grupos para se constituíremenquanto processos grupais devem possuir três características básicas: (i) – identidade, que se divide em formalização organizativa, relações com outros grupos e consciência de pertencer a um grupo, (ii)– poder e, (iii) – atividade.
Os processos grupais são classificados em primário, funcional e estrutural. O grupo primário é responsável pela satisfação das necessidades mais pessoais. Os gruposfuncionais são aqueles que correspondem à divisão do trabalho no interior de um determinado sistema social, aqueles que ocupam e cumprem função equivalente. E o grupo estrutural é a divisão da sociedadeem classes: os que possuem controle dos meios de produção e os que não possuem.
Dentro da universidade pública as relações de poder acontecem, entre outras, na disputa entre dois grupos funcionais:o movimento estudantil, que visa representar a defesa da universidade pública e a direção acadêmica, representante dos interesses do estado, que, atualmente, se insere em uma lógica de mercantilizaçãodas relações acadêmicas e de criminalização do movimento estudantil.
Atualmente dentre as dificuldades encontradas, existem graves entraves dentro da organização deste movimento que podem ser...
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