Normas e concepções sociais sobre o trabalho do professor.
Quando nos referimos as condições de trabalho do professor, com frequência se considera que estão essencialmente definidas pelo conjunto deregulamentações e leis que regem jurídica e administrativamente seus direitos e responsabilidades. O fato é que elas incorporam as concepções dominantes sobre o que deve ser o trabalho educativo emum determinado momento histórico. Assim, por exemplo, na época “VASCONCELISTA” o modelo de professor respondia ao ideal d apóstolo dos povos com uma missão quase evangélica de ensinar.
Durante aépoca “CARDENISTA” se atribuía ao professor a função política de administração e solucionar os problemas da comunidade, confrontando o poder político e econômico no campo. O trabalho docente se vinculavaa atividade escolar com as necessidades sentidas pela população, como a produtividade da terra, a comercialização arrebatada, os chefes ou hoardes, a propriedade da terra, etc.; todos com seusinevitáveis problemas políticos. Tais concepções se cristalizaram como norma nacional com a reforma do artigo 3º constitucional daquela época.
As modificações políticas e sociais que saudou a mudança deregime e desarticulou o projeto “CARDENISTA” significaram também mudanças na concepção sobre o que deveria ser o papel do professor. Se modificou de novo a norma nacional com outra reforma ao artigo 3ºcomo função principal, se atribuiu ao professor ensinar dentro da sala de aula, estabelecendo que a política deveria permanecer fora de sua ação. A combatida escola socialista deveria ser agora “aescola do amor”.
Atualmente se insiste- inclusive no discurso oficial- que o professor não deve ser visto mais como um apóstolo de educação, mas como um trabalhador com todos os direitos que o correspondecomo tal.
Conforme descrito, pretendemos exemplificar como o nível formativo em que estabelece à função do professor expressa as concepções dominantes que apresentam modelos ideais acerca do que...
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