Paz Meu Rei

Páginas: 69 (17177 palabras) Publicado: 25 de junio de 2012
COMO ESCREVER ESTÓRIAS EM QUADRINHOS1
Por Alan Moore, publicado originalmente em The Comics Journal #119 (Janeiro de 1988), #120 (Março de 1988) e #121 (Abril de 1988).
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Parte 1
N. do T.: Para esta primeira parte, é interessante que vocL tenha B mno, se possível, a excelente ediçno Monstro do Pântano, Volume 1, publicada recentemente pela editora Brainstore, ou entno as antigas ediçtes de NovosTitns e Superamigos, publicadas pela editora Abril, com as histórias do Monstro do Pântano; V de Vingança, da editora Globo ou da Via Lettera; Qualquer ediçno de A Piada Mortal e ediçtes de Love and Rockets. A maior dificuldade de escrever sobre qualquer atividade criativa, seja escrever sobre ela mesma até escrever sobre como consertar automóveis é que, na maioria das vezes, os artigos ouentrevistas que surgem parecem ser incapazes de se estenderem além de informaçtes técnicas óbvias e listas de instrumentos recomendados. Nno quero recair nessa mesma rotina, dizendo qual máquina de escrever eu uso, ou qual tipo de papel carbono acho ser o melhor, já que esta informaçno nno fará a menor diferença na qualidade do que vocL escreve. Da mesma maneira, nno acho que uma análise precisa do meuprocesso de trabalho seja muito útil, já que imagino que ele varia drasticamente de história para história, e que todo escritor tende a desenvolver sua própria abordagem em resposta a suas próprias circunstâncias. Além disso, nno quero produzir nada que lembre, nem remotamente, algo como “O Método Alan Moore de Escrever HQ’s”. Ensinar geraçtes de novos artistas e escritores a copiar a geraçno queos precedeu foi uma idéia estúpida de uma época onde a Marvel lançou seu livro O Método Marvel de Desenhar HQ’s e seria igualmente irresponsável da minha parte instruir escritores novos ou experientes sobre como escrever títulos idiotas e extravagantes do tipo "O Alvorecer Transformou O Céu num Matadouro" ou algo assim. John Buscema foi um grande artista, mas a indústria nno precisa de cinqüentapessoas desenhando como ele, e menos ainda de outros cinqüenta escrevendo como eu. Com tudo isso em mente, gostaria de tentar expor algo que acrescente a este extenso capítulo sobre como podemos realmente pensar sobre a arte de escrever quadrinhos, que é melhor do que uma lista de detalhes específicos. Gostaria de falar sobre abordagens e processos mentais que dno suporte a escrita como um todo, aoinvés de falar sobre o modo como esses processos sno finalmente colocados no papel. Da forma que vejo a situaçno, o modo como

pensamos ser o ato de escrever inevitavelmente moldará os trabalhos que produzimos. Analisando a maior parte da produçno corrente das principais companhias de quadrinhos, me parece que um fator que contribui enormemente ao desânimo geral sejam os estagnados processos depensamento promovidos por elas. Seguramente, em termos das convençtes gerais de escrever quadrinhos atualmente, minha tendLncia é ver as mesmas como mecânicas estruturas de enredo e a mesma abordagem funcional de caracterizaçno sendo usada várias e várias vezes, até o ponto em que as pessoas encontram uma grande dificuldade em imaginar onde poderiam estar maneiras diferentes de fazer as coisas.Como nossos pressupostos básicos sobre a nossa profissno vLm se tornando cada vez mais obsoletos, achamos que isso se refere mais a um problema de criar trabalhos de alguma relevância para um mundo que se altera rapidamente, no qual a indústria e os leitores que a sustentam realmente sejam considerados. Por relevância, já que toquei no assunto, nno falo de histórias sobre relaçtes raciais epoluiçno, ainda que elas certamente sejam boa parte disso. Falo de histórias que realmente tenham algum tipo de significado em relaçno ao mundo ao nosso redor, histórias que reflitam a natureza e a textura da vida nestes últimos anos do século vinte. Histórias que sejam úteis de alguma maneira. Reconhecidamente, seria muito fácil para a indústria viver confortavelmente por um tempo se aproveitando das...
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