Perder a vida

Perder a vida para a ganhar

Jesus, nos Evangelhos, indica-nos três caminhos para o verdadeiro amor: Deus, o outro/pobre e nós mesmos. Ao mesmo tempo, é preciso amar também com todo o coração opróprio cônjuge, a própria mãe, os filhos e os amigos. Totalidade não significa exclusividade. O preceito de amar a Deus com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças não significa amar somentea Deus, reservando para Ele todas as energias afectivas; significa, sim, amá-lo sem meias-medidas, com totalidade.
O coração humano é uma sinfonia de afectos. O evangelho é soma e não subtracção, ésoma contínua de novas propostas de amor. O amor, como a alegria, cresce quando se reparte.
E Madre Maria Isabel da SS.ma Trindade também nos propôs um amor total a Deus e, simultaneamente, um amortotal às suas Irmãs, à sua família e aos pobres, aos doentes, às crianças, aos idosos, nos quais via reflectido o rosto de Cristo. Por eles  “fez-se pobre, para os privilegiar!” Há um risco emprivilegiar os pobres, o risco de um grande amor: o “de perder a vida, para a ganhar”. Esse é o “remédio a apontar às novas gerações”, às famílias.
Qual testemunho para a família de hoje! Ser testemunho doamor e perder a vida pelo outro. Qual educação preciosa a cultivar no seio da família de hoje! “Apontar o amor”.
Trata-se de revelar o Mistério e de ajudar os homens a encontrar a sua plenitude.Não se pode pedir à Irmã Concepcionista, que na sua acção pastoral renuncie a esta dimensão perene, que lhe foi apenas dada e revelada, desde a origem, de ser no meio das famílias sinal da ternura deDeus. Como nos diz Madre Isabel: “Um lar cristão que se forma é um ponto luminoso sobre a terra, há-de proclamar a Cristo; e nada pode mover mais um coração que ver que se consagram inteiramente aoserviço de Deus porque Ele vai ser mais amado e a Sua glória difundida. Um dos melhores meios de levar Cristo às almas é o exemplo.”
Quando Madre Isabel fala da família, sabe bem do que fala. A sua...