Resenha - pensando a psicologia aplicada à justiça
Texto original de Esther Maria de Magalhães Arantes
Esther inicia o texto citando as questões: “O que é psicologia? Quem designa ospsicólogos como instrumentos do instrumentalismo?” de Georges Canguilhem que critica a Psicologia, em 1956, tanto da pretensão de cientificidade como do próprio fazer do psicólogo. O objetivo do autor era o decriticar Lagache, que defendia a unificação das variadas vertentes da Psicologia e afirmava existir convergência entre a Psicologia naturalista e a humanista. Apesar das críticas vindas também deFoucault e Lacan, a proposta de Lagache teve boa repercussão na França, pós-guerra.
Expõe a possibilidade dos modos de atuação do Psicólogo nas Varas de Família, como um mercado de trabalho empotencial ou em expansão e também a Psicologia como parte do contexto, e assim com a necessidade de redesenhar a questão. Na área jurídica, a perícia, dentro do que a lei impõe, é um dos procedimentos maisutilizados para fornecer argumentos para a tomada de decisões. Com o resultado desta, um dos lados apresentará melhores condições técnicas para obter, por exemplo, a guarda dos filhos. Não se trata denegar o sofrimento, rotular uma das partes como não idônea entre outras questões vinculadas citadas no texto e sim angariar subsídios para a tomada de decisão supostamente mais acertada para aquelemomento.
Louis Althusser faz a considerável distinção entre ciência desenvolvida e ciência em constituição. Foucault, em 1979, identificou as práticas judiciárias como das formas mais modernas desubjetividade que além de punir, buscou-se a reforma psicológica e a correção moral dos indivíduos, a partir do século XIX.
O exercício profissional do Psicólogo requer a confecção de laudos,pareceres e relatórios técnicos por haver um pressuposto que exerce, nesse contexto, a função avaliativa que inclusive é regulamentado pela legislação brasileira, o que não minimiza o mal-estar entre a...
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