Segunda Guerra Mundial
Os alemães abandonam a Prússia
Queda da Prússia
Em 17 de janeiro de 1945, o Alto-Comando soviético distribuiu aos comandos da Primeira Frente da Bielo-Rússia e da Primeira Frente da Ucrânia a ordem de prosseguir a ofensiva, com toda a força de seus efetivos, em direção a Poznan e Breslau, respectivamente. A primeira dessas cidades encontrava-se a uns 200 kma leste de Berlim, enquanto a segunda estava a 250, aproximadamente, na direção sudeste. Tanto uma como a outra, porém, representavam importantíssimos baluartes alemães e sua perda ocasionaria sério golpe no sistema defensivo da Wehrmacht.
A esta altura dos acontecimentos, o panorama que a Alemanha enfrentava estava à beira da tragédia. Seus exércitos, apesar da desesperada resistência queopunham ao avanço dos russos, nada podiam fazer ante a avalanche incontida de blindados apoiados por gigantescas barreiras de fogo artilheiro. A Wehrmacht, com efeito, esgotada por uma luta que já durava 5 anos, caía sob os golpes dos poderosos efetivos russos. A agonia começava. O final estava próximo. Os alemães, porém, não queriam admiti-lo e continuavam combatendo com tenacidade. Entretanto, osexércitos da Primeira Frente da Bielo-Rússia e da Primeira Frente da Ucrânia avançavam à procura de seus objetivos imediatos, que os aproximariam do objetivo principal: o Oder, numa ampla frente. Com efeito, a ordem era terminante: as posições alemãs deveriam ser forçadas o qualquer preço e a meta deveria ser alcançada, custasse o que custasse.
A Primeira Frente do Ucrânia deveria preparar ainvasão e conquista da bacia mineira de Dombrow.
As forças da Primeira Frente da Bielo-Rússia, por sua vez, avançavam irresistivelmente sobre o território do Polônia. A ala direita de Zukov avançava ao longo da margem esquerda do Vístula, paralelamente à ala esquerda de Rokossovski, em direção a Bromberg e à Pomerânia oriental, e a maioria das tropas dirigia-se até o oeste, com o propósito dealcançar Poznan e o Oder.
O movimento dos exércitos russos materializava uma invasão em toda a linha, como jamais se havia visto até o momento. Os blindados, os canhões autopropulsados e a infantaria avançavam irresistíveis, invadindo e cobrindo tudo em seu avanço. Adiantando-se à marcha dos exércitos russos, efetivos alemães retiravam-se numa fuga desordenada.
Eram tropas integradas porcombatentes dos diversos serviços, feridos, convalescentes e soldados dispersos e isolados de suas unidades. A eles se uniam habitantes de origem alemã que haviam sido transferidos para territórios ocupados. Estes homens e mulheres fugiam aterrorizados ante um inimigo que, sabiam, não teria piedade para com eles. E aquela corrente, desorganizada e incontrolável, invadia as estradas, impedindo otransporte normal dos efetivos combatentes e dos escassos reforços que eram transladados de um lugar para outro.
As unidades russas, entretanto, rompendo em mil lugares as linhas do inimigo, avançavam a uma velocidade média que oscilava entre 50 e 70 km por dia. À frente das formações russas avançavam as unidades de choque, que passavam como um furacão sobre povoados e cidades. Eram, em linhasgerais, tropas escolhidas, integradas por combatentes da Rússia européia, pouco afeitos a atos desumanos. Tratava-se de homens que lutavam frente a frente com o inimigo, enfrentando-os cara a cara. Eram homens que não sabiam o que era incendiar um povoado desguarnecido ou vingar velhas afrontas em mulheres e anciões. Mas eles não eram os únicos combatentes russos que se dirigiam até o oeste.Efetivamente, atrás deles vinha uma onda irresistível de soldados russos da segunda linha, asiáticos, transportados do coração da Sibéria.
Estes homens careciam de escrúpulos de qualquer natureza e consideravam o vencido como uma propriedade pessoal. E na oportunidade consideravam o saque e a violação como direitos naturais de guerreiros triunfantes.
Depois da chegada dos homens da primeira...
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