Sobre a Língua Vulgar

Páginas: 6 (1446 palabras) Publicado: 10 de octubre de 2011
“Sobre la lengua vulgar”
O tratado Sobre a língua vulgar representa o primeiro ensaio de filologia sobre a língua italiana. Nele, Dante Alighieri defende a importância dos “novos falares”, divulga um dos primeiros estudos sobre os “vulgares itálicos” de sua época e argumenta que essa nova língua pode ser usada sem restrições de uso e ser considerada tão ilustre como o latim. Escrito entre1304 e 1307, “De vulgari eloquência”, regenera a língua vulgar desde um ponto de vista teórico, e mostra a busca do autor por uma unidade linguística e o ideal de língua italiana.
‘Dante apresentou ao largo de sua produção um espírito profundamente unitário, e por isso, fortemente medieval’- fica muito claro durante a leitura a visão cristã do autor, que faz constantes referências aos textosbíblicos.
No Livro 1 de “De vulgari eloquência” são tratadas questões linguísticas: sobre a origem e história da linguagem, assim como, a situação dos vulgares italianos, essas questões são sempre baseadas na cultura filosófica medieval do autor. Já o segundo livro apresentam questões sobre técnica poética, as relações entre métrica e poética e conteúdo da composição poética, modelos ideais para olatim ilustre.

LIVRO 1
A língua vulgar, definida por Dante, aquela que aprendemos naturalmente, sem regra, que é a primeira ensinada às crianças contrapõe-se a língua secundária - assim chamada por ele -, o latim. Definida como uma língua que poucos homens dominam, de um restrito número de indivíduos cultos - pois para alcançar seu conhecimento é preciso um largo tempo e árduo estudo -Dante considera o latim como provável produto da arte que não pode ser tão nobre como a língua vulgar, que foi a primeira usada pelo gênero humano e que é usada por todo o mundo.
A linguagem é propriedade exclusivamente humana. Segundo Dante, só ao homem foi concedida a fala, porque somente a ele ela é necessária. Em contraposição, os anjos conversam sem matéria sonora, por sua extremainteligência; enquanto os animais inferiores tem as mesmas atitudes e as mesmas paixões e assim se reconhecem, sem necessidade da fala. Pondo assim a humanidade, no ponto médio desses extremos, entre o anjo e a besta.
A necessidade humana por essa linguagem advém de sua racionalidade. A inteligência é própria e exclusiva do homem, este se move por sua racionalidade e não por instinto, como as bestas,porém não pode pôr-se em contato com o próximo por meio da identidade entre pensamento e comunicação, como acontece com os anjos, pois o homem encontra-se impedido por sua condição de material, seu corpo mortal. Então, foi preciso que o homem tivesse um meio de comunicar-se por um signo que fosse sensível e racional ao mesmo tempo. A linguagem transmite-se pelos sentidos pois é emitida pelo aparelhovocal e é recebida pelo ouvido, mas é apenas entendida através da razão e é também falada por ela.
Sob sua visão cristã e medieval, Dante segue a tradição bíblica para montar a origem da linguagem. Ele cita que a primeira fala foi pronunciada por Eva, como a se lê em a “Gênesis”, porém contesta, dizendo que se Adão foi o primeiro a ser criado, seria dele a possessão da primeira fala, queademais a primeira palavra dita foi Deus. Esta primeira comunicação ocorreu quando o homem recebeu seu primeiro sopro de vida, antes de ir-se ao paraíso, e que se não fosse pela ‘presunção humana’, a primeira palavra dita no paraíso, os vocabulários e sintaxe dessa língua até hoje seriam usados pelo homem.
Foi só com surgimento da Torre de Babel que os homens não tinham mais uma unidadelinguística, ali cada profissão tinha sua língua. O gênero humano ficou divido segundo quantas profissões existissem. Sob esses argumentos, Dante explica a variação sofrida pela linguagem, que a princípio foi única e igual.
Essa língua original foi separada em três classes: oc, sí , e oil. E como todas as línguas, com exceção a criada por Deus, sofreram transformações, foram reformadas pela...
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