Vaya País

VAYA PAÍS
Em vaya país, dezoito correspondentes de jornais e meios de comunicação estrangeiros contribuem, cada um, com um artigo, focando determinados aspectos do que consiste a “ideia” de Espanha: o território, os habitantes, a sociedade, a história, a política, o desporto, as autonomias, e as particularidades tão singulares de cada costume que a tornam uma nação única no mundo. Estesjornalistas estrangeiros estendem-se por várias nacionalidades, desde a inglesa à suiça, passando pela portuguesa, francesa, holandesa, finlandesa, e até ao outro lado do Oceano Atlântico, pela norte-americana.
Cada história contém uma visão pessoal do seu autor e da sua experiência em interacção com Espanha, o que nos deixa antever algo sobre a própria relação entre duas nacionalidades. Além disso,estas histórias são verdadeiras ………………………………. do dia-a-dia de um país e de toda uma diversidade cultural que caracteriza Espanha, recheadas de momentos de humor, de apuros, de sarilhos, de romance, até de mal-estar e culminando muitas vezes no bizarro.
Edward Owen, do Reino Unido, conta-nos a primeira dessas histórias, acerca de uma peculiar “experiência espanhola” que teve início em 1980. Owencomeça por evidenciar a extremamente lenta e complicada burocracia espanhola, que o deixa pendurado no porto de Santander devido a complicações com os direitos de aduana; esta peripécia leva ainda a outra: para agradecer à agente de aduana que o salvara do apuro, envia-lhe um ramo de flores, o que é tomado pela mãe da rapariga como um pedido de casamento. Owen não pode evitar menciona a beleza dasmulheres espanholas em contraste com as inglesas, mais artificiais.
Edward Owen, do Reino Unido, conta-nos que uma vez ofereceu flores a uma espanhola, gesto que foi tomado como um pedido de casamento. Contudo, refere que as mulheres espanholas são muito bonitas, mais simples e naturais que as inglesas. Outro aspecto relacionado com Espanha que foca é a violência deste povo para com os animais nasfestas tradicionais sobretudo, como se conclui pelas peripécias em torno do burro Blackie. Fala de como a imprensa espanhola trata muito melhor a sua família real do que a imprensa inglesa trata a sua. Através da história de Juan, “el de la pollería”, Owen diz que a inveja é algo que afecta os espanhóis. Mais ainda, refere que estes sofrem do síndrome “Bienvenido Mr Marshall”, ou seja, pensam quetodos os estrangeiros são ricos.
Jyrki Palo, da Finlandia, dedica o seu capítulo a tecer uma crítica à burocracia espanhola, extremamente complicada e inútil e que afecta a própria mentalidade das pessoas.
Barbara Schwarzwälder, da Alemanha, aborda as questões relacionadas com os nacionalismos de Espanha, nomeadamente da Catalunha, do País Vasco e da Galiza, que demonstram o orgulho que cada um temna sua comunidade autónoma. A Catalunha e o País Vasco são importantes destinos de emigrantes, mas os catalães e os vascos não aceitam nada bem os emigrantes espanhóis. Também refere que a Andaluzia está a ganhar cada vez mais um sentimento de identidade própria, autónoma.
Carla Vitzthum, dos Estados Unidos, conta-nos a sua experiência quando trabalhou em Espanha. O que lhe causava maisimpressão era a diferença dos horários de trabalho e dos horários das refeições. Os espanhóis trabalham durante a manhã até tarde, almoçam num horário mais tardio e voltam ao trabalho já quase a meio da tarde, continuando até à noite. No entanto, assinala que os espanhóis gostam de boas refeições, de comida “a sério”, ao contrário da comida “rápida” ao estilo americano.
Gerrit Jan Hoek, da Holanda, falasobre a Catalunha, dando relevo ao aspecto futebolístico. Diz-nos Hoek que o Barça é, para os Catalães, um refúgio que representa em si o nacionalismo catalão. Camp Nou, durante os anos 70, …………..com a ditadura, era o sitio onde os catalães podiam dar um pouco mais de liberdade à sua identidade. Refere que, com o final da ditadura e da repressão, os catalães exageraram um pouco em tentar...