Visão emic e etic
Antropologia Social e Cultural
Luís Batalha
EMICS/ETICS REVISITADO: “NATIVO” E “ANTROPÓLOGO” LUTAM PELA ÚLTIMA PALAVRA
Licenciatura em Sociologia.
Maio de 2011
Introdução:
O texto analisado é parte da obra “Etnográfica”, especificamente as páginas da 319 à 343 do volume II. O texto foi escrito pelo antropólogo Luís Batalha em 1998 etem por titulo Emics/Etics Revisitado: “Nativo” e “Antropólogo” Lutam pela Última Palavra.
Luís Batalha apoiando-se em outros autores discute sobre se a Antropologia, como disciplina, é ciência ou não é, e sobre se pode aspirar a ser ciência. Argumenta também a dificuldade das ciências sociais respeito ao tema da objectividade e subjectividade nos seus estudos, questiona-se se é possível aobjectividade. Depois, e como parte central do texto, fala dos términos “etic” e “emic”, de como surgiram, dos seus significados, e as diferentes definições de distintos antropólogos e cientistas sociais especialmente do Kenneth Lee Pike e Marvin Harris.
Eu com esta análise e com o seguimento do supracitado pretendo que a recensão reflicta as ideias-chave e seja um espelho da minha abordagemcrítica ao mesmo. Para tal, a metodologia adoptada consistiu em fazer um resumo crítico, destacando os temas tratados pelo autor, depois ler lentamente o resumo e adicionar todas as novas ideias sobre a temática, num passo posterior, na tendo finalmente levado a cabo a elaboração de uma conclusão sobre o que é a afinal os términos “emic” e “etic”.
Recensão crítica:
Existem duas posiçõesrespeito à disciplina da antropologia: uma dos que acreditam que antropologia pode aspirar a ser uma ciência, e outra dos que pensam que a antropologia entende-se como uma forma de discurso não científico, o seja uma forma de interpretação subjectiva.
Em ciência desde há muito tempo que se discute se é ou não possível conhecer objectivamente a realidade objecto do conhecimento. Outra vez há duascorrentes: há quem pensa que o conhecimento objectivo não é possível, e quem pensa que a objectividade é perfeitamente alcançável.
Eu acho que como todos somos enculturizados, influenciados, já que desde que nascemos vivemos numa cultura, através da qual aprendemos e através da qual entendemos o mundo que rodeia-nos. Essa enculturação, alguns autores a comparam com uns óculos que fazem-nos ver,interpretar, o mundo desde a nossa cultura.
A questão é se podemos esquecer-nos da nossa cultura à hora de interpretar ou compreender outra cultura, outros costumes. Só assim podemos ser podemos conhecer de forma objectiva a realidade objecto do conhecimento.
Então, com isto, penso que é difícil ser objectivos á hora de interpretar ou compreender uma cultura alheia, e mais difícil quanto maisdistante seja esta cultura, bem para o antropólogo ou qualquer pessoa, mas acho que é possível. E mais fácil na medida que conheces mais culturas, mais costumes.
Para outras ciências, as “ciências puras”, a questão da objectividade não é um assunto tão central nem tão importante. Nestas ciências os conceitos utilizados são universais, por exemplo, um electrão ou um protão é o mesmo e tem amesma definição em todos tempos e contextos. Mas em quanto a disciplina da antropologia ou outras ciências sociais os conceitos variam no tempo e no espaço. Por exemplo o conceito ou a ideia de família em Portugal não é o mesmo há 60 anos que agora, a constituição de ela mudou muito. Nem é o mesmo a ideia de família actual em Portugal que em sociedades onde a família é constituída por a mãe e afamília da mãe.
Em estos casos tenta-se procurar uma definição que englobe todas os tipos de família, mas é muito difícil um acordo, e este é o problema. Isto é um exemplo, o mesmo acontece com o conceito de magia, sistema social, poder, estrutura social, etc.
Então, podemos dizer que tanto a Antropologia, como o resto das ciências sociais, é duplamente não-objectiva. Por um lado entre os...
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