Visión De La Nueva Poesía Del Brasil

Visi6n de la Nueva Poesia del Brasil
(Trabajo presentado al Concurso
Bibliogrifico Jose Toribio Medina, de
la "Inter-American Bibliographical and
Library Association".)

PORTICO
MEU BRASIL
Vinde vr! Vinde ouvir, homens de terra estranha!
O Brasil de minh'alma, atormentado e aflito,
Cujo nome parece um grito de montanha,
De quebrada em quebrada, acordando o infinito.

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esse Brasil de vidaefemera e leviana,
Nao
Superficial, anemico, franzino:
E'o Brasil que nascen na minha terra pernambucana,
O Brasil que embalou meus sonhos de menino.
E'o Brasil que,
Abre os olhos
E, retesando os
Olha de frente

ao canto matinal do acorda-vaqueiro,
atonitos para a paisagem,
musculos de guerreiro,
o sol, como um touro selvagem.

E'o Brasil de cocar e de tacape ao bravo,
O ouvido em terra ou a erguer asmaos ameagadoras,
Para, num salto de jaguar, suster o passo
Das primeiras bandeiras invasoras.
E'o Brasil campeador, o Brasil das guerrilhas
Dos Pampas, que, a feicao de centauros, avanga
Pelos hanhados e restingas e coxilhas
Peleando no entrevero a pontagos de langa.

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REVISTA

IBEROAMERICANA

E'o Brasil que depois da luta e da inclemencia,
Volta aos pagos, vencendo a exaustio que o domina,Para, sorvendo o mate amargo da querencia,
P6r a guaiaca e coragco aos pes da china.
E'o Brasil que atraves das solidaes noturnas
Pelas grotas rasteja e se contorce e freme,
O Brasil-violador das serras e das furnas
Que acorda ao brado de Fernio Dias Pais Leme.
E'o Brasil da Aventura! o Brasil bandeirante
Rompendo os matagais e escalando as espaldas,
Para rolar barranca abaixo, agonizante,
Emfarrapos, com as maos faiscando de esmeraldas.
E'o Brasil que bebe na concha das mios crispadas
A agua pura dos rios, se tem sede,
E dorme, sob a unglo das noites estreladas,
Embriagado de luz, ao balango da rede.
E'o Brasil de mios calosas que os campos dilacera
E ve, passada a sarabanda dos temporais,
Num milagre divino, o halito da primavera
Desfraldar a bandeira verde dos canaviais.
E'o Brasil deuspagio barbaro e forte,
Humilde e bom como ele sempre foi;
O meu Brasil dos pastoris do Norte,
O Brasil do fandango e do bumba meu boi.
O Brasil de alpercata e de chapeu de couro,
Agil, nervoso, leal, puro como nasceu,
Que tem na sua rede o ouro do seu tesouro,
E tem no seu cavalo a asa que Deus lhe deu.
Olegario Mariano.

ESTUDIOS

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PRIMERA PARTE

Cuando los problemas del intercambiocultural panamericano
Ileguen a ese grado de vida y trascendencia que todos anhelamos,
una de las preguntas que mas insistentemente habra que formular
sera, sin duda, esta: ~ Por que, durante tantos y tantos afios, los
paises hispanoparlantes no se preocuparon de estudiar la literatura
brasilefia con el fervor que ella se merece ?
Sin duda, algo se es't comenzando a hacer en tal sentido. Sabemos con queinteres se investiga esa literatura en las universidades de los Estados Unidos. Basta, por ejemplo, hojear la revista
Books Abroad, 6rgano de la Universidad de Oklahoma, para tener
una idea de la difusi6n que -lenta pero seguramenteva alcanzando en esos ambientes culturales la literatura del gran pais de
Ruy Barbosa. Sabemos tambien que en la Argentina se ha comenzado a publicar una serie detraducciones de novelas brasilefias.
Nuestro armonioso lenguaje espafiol parece adquirir nueva vida al
expresar -hermanado
con algunos dulces vocablos tupies- ideas
y sentimientos de Euclides da Cunha, de Coelho Netto, de Afranio
Peixoto, de Herman Lima, reflejando paisajes bravios y estupendos,
ya de la selva, ya del sertdo, ya de las ciudades del Brasil, de vida
tan intensa y multicolor.
Pero a y enel resto del Continente? Qud pais puede afirmar
que sus revistas, sus peri6dicos, sus centros de cultura se preocupan
de difundir la literatura brasilefia, de seguir su desenvolvimiento, de
traducir a sus poetas, de publicar biografias? Algunos nobilisimos
casos aislados, no son suficientes. Son voces generosas que se pierden en el coro desarmonioso de esta hora trigica que le toca vivir
al...