A história da peb

A Política Externa Independente do apogeu ao populismo (1961-1964) - @TayAlonso
A PEB correspondente às presidências de Jânio Quadros e João Goulart, incluindo-se o período parlamentarista, é enfocada, normalmente, como uma unidade. Isso porque ela era informada por um conjunto de ideias que provinham do nacional-desenvolvimentismo do período. A PEI foi um processo e não um projeto. A políticaexterior inaugurada por Jânio Quadros partia de uma visão universal, embora sem descuidar do interesse regional; possuía caráter pragmatista, pois buscava os interesses do país sem preconceitos ideológicos, adotava postura independente. A PEI, calcada no nacionalismo, enfatizou as relações Norte-Sul. A PEI foi formulada em um momento adequado pelos seguintes motivos:    Aproveitou-se do receiodos EUA de que a América Latina escapasse da sua influência por causa do recente regime de Cuba. Descolonização. Crise nas relações soviético-norte-americanas, ainda por causa do problema cubano. Essas questões facilitaram a formulação de uma política de não realinhamento (política sem compromissos) com os EUA, o Brasil só buscava vantagens nos dois blocos. Ações da PEI: • • • • Nova políticaexterna que promovia a abertura para a África; Afastamento da ONU, Portugal; Busca de maior participação brasileira nas decisões internacionais; Busca da ampliação nas relações internacionais com as Américas e a Europa; • • Luta pelo desenvolvimento, pela paz e pelo desarmamento; Adoção intervenção. Problemas enfrentados: o o Problema na balança de pagamentos Diminuição dos investimentos estrangeiros >Jânio procurou diversificar as exportações e os mercados e refinanciar a dívida e obter novos créditos. Europa Oriental dos princípios da autodeterminação dos povos e da não

As exportações brasileiras para os países socialistas da Europa Oriental ascenderam. Houve aumento no número de representações diplomáticas nos países dessa área. Foram firmados acordos com tais países, esses acordosvisaram basicamente à troca de matérias-primas por produtos industriais. URSS e China Reestabelecimento das relações diplomáticas com a USRR, interrompidas em 1947. E busca de novos mercados e aproximação com a China, em razão do seu peso no concerto mundial. Nações Afro-asiáticas Para Jânio, o Brasil “deveria tornar-se o elo, a ponte entre África e Ocidente, visto quão íntimas são as ligações entreos povos”. Não se perdia de vista o aumento do mercado para a produção brasileira. Na ONU, o Brasil prometia adotar linha própria de apoio ao anticolonialismo e afastamento da delegação portuguesa. A ênfase que se dava a África pode ser observada nos acordos culturais, nos programas de bolsas para estudante, na criação de um sistema de consultas, visando à defesa de preço no mercado internacional,na criação de novas embaixadas, além da abertura de consulados. O contexto hemisférico A posição brasileira a respeito ao regime de Fidel Castro partindo do principio da não intervenção foi umas das questões que chamou mais a atenção da opinião nacional. Jânio recusou-se a apoiar os EUA no momento em que se planejava uma atitude armada contra o regime de Castro. Quanto à invasão da baía dosPorcos, Jânio manifestou “profunda apreensão” com o que se sucedia em Cuba, além de pedir “cessação das hostilidades”. Em 61, Jânio e o presidente argentino se reuniram e das conversações resultaram um acordo cultural e um sistema de troca de informações e coordenação da atuação internacional. Tal encontro representou aproximação Brasil-Argentina e chamou a atenção norte-americana. Aliança para oprogresso O governo norte americano (Kennedy) lançou o plano Aliança para o Progresso que prometeu destinar 20 bilhões de dólares em programas de desenvolvimento da América Latina no decorrer dos próximos dez anos. Este plano de cooperação econômica corresponde a uma resposta, ainda que tardia, à aceitação da Operação Pan-Americana (JK). Vale destacar que neste meio tempo ocorreu a derivação de Cuba...