A Iconografia Camoniana

Páginas: 53 (13039 palabras) Publicado: 16 de diciembre de 2012
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CURSO: Mestrado em História da Arte, Património e Turismo
Cultural

Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
SEMINÁRIO: Artes Decorativas DOCENTE: Professor Doutor José Manuel Alves Tedim
(2.º semestre, 2009/2010)

PATRIMÓNIO E MEMÓRIA DA NAÇÃO: A ICONOGRAFIA DE CAMÕES NAS ARTES DECORATIVAS

Discente: José Querido

1

Declaração de intenções para a elaboração do trabalhoA Iconografia de Camões como Arte Decorativa
Englobado na cadeira de Artes Decorativas, o trabalho a apresentar terá de, forçosamente, ser baseado num, talvez excelente, conjunto de desenhos e gravuras, e, outrossim, de algumas pinturas do século passado. Apoiado em B. Xavier Coutinho (Camões e as Artes Plásticas), no Catálogo da exposição bibliográfica, iconográfica e medalhística de Camões,1972, e outros elementos iconográficos e bibliográficos apostos em livros de estudo – e de lazer – o trabalho iniciarse-á por uma Asserção (Introdução, Proémio) sobre um Camões mais imaginado que verdadeiro, a Controvérsia sobre a vera efígie, a Apreciação romântica e naturalista do séc. XIX, com incidência na exposição do 3.º centenário da morte de Camões (1880), Imagens e/ ou retratos do século XXe actuais, havendo-as, e, por fim, a Conclusão. O trabalho, de acordo com as normas gerais para este mestrado de História da Arte, Património e Turismo Cultural, terá cerca de 10/ 15 páginas de texto a que acrescerão os espaços – ou as páginas - ocupados com as gravuras. O texto será produzido em letra do tipo Times New Roman, a espaço e meio ou outro semelhante.

José Querido

2

ÍNDICEIntrodução A vera efígie: uma questão em aberto Entendimentos românticos No tricentenário da morte do Poeta Outras representações: do modernismo à actualidade Em jeito de conclusão Bibliografia Anexos

3 4 7 10 17 21 23 25

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INTRODUÇÃO
“O dia em que nasci moura e pereça, Não o queira jamais o tempo dar; …...………………………………… Que este dia deitou ao Mundo a vida Mais desgraçada que jamais seviu!”

“Aquele famoso poeta Luís de Camões que absolutamente falando foi Príncipe de todos eles; foi nas feições do corpo alto de estatura, largo de espáduas, de cabelo ruivo, no rosto sardo, e torto nos olhos; era de entendimento agudo, do juízo claro, e raro engenho, na Humanidade visto, Na ciência Versado, nas armas destro, no ânimo Valente; concorreram com ele muitos homens de habilidade osquais todos ora em casa de um, ora de outro passavam alegremente a vida em disputas curiosas, ditos galantes, e deleitosa conversação 1 (…).”

Não é um poeta: é, por excelência, O poeta da nacionalidade. Apesar de, com veracidade, pouco – ou muito pouco - se saber sobre o acidentado percurso da sua vida, a fantasia congeminada e a obra que legou inscrevem-no na memória e no imaginário colectivodos portugueses. Tão nebulosa a sua figura quanto a sua vida, as imagens que o representam traduzem, como não podia deixar de ser, e em certa medida, as lendas que se foram tecendo tanto em torno do aventureiro como do poeta: figura romântica de vate inspirado, brigão de jeito marialva, mestreescola e exemplo das novas gerações, expoente de virtudes cívicas e amor da pátria, guerreiro de armadurae olho vazado, perfeito príncipe das letras, de tudo um pouco se tem construído a imagem de Camões.2 É vastíssima a iconografia de Camões, aparecendo os primeiros retratos já no século XVI, mas, porque se tornaria ciclópico encontrar todas as imagens produzidas e reproduzidas ao longo dos tempos, o nosso foco de interesse situou-se nos séculos XIX e XX. O trabalho apoia-se no levantamento bastanteminucioso feito por B. Xavier Coutinho, na sua obra sobre Camões e as Artes Plásticas, publicada no final dos anos 40, e no catálogo que acompanhou as exposições realizadas em 1972, para assinalar o IV centenário da publicação d’ Os Lusíadas3, e, o que não é despiciendo, em elementos recolhidos sobre as comemorações camonianas de 1880 e 1924. Foi, assim, possível reunir um interessante acervo...
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