a Influência Da Fé No Método Terapêutico Dos Doze Passos Dos Alcoólicos Anônimos
Atualmente, somos alunos do 4º ano do curso de Psicologia, do Centro Universitário do Norte Paulista, e sob orientação do Professor Antonio Calças, desenvolvemos este trabalho para conclusão de curso.
Com tema “A Influência da Fé no Método Terapêutico dos Doze Passos de Alcoólicos Anônimos”, buscamos discorrer sobre a relação da espiritualidade no métodoterapêutico dos “Doze Passos”, pertencentes a Irmandade Alcoólicos Anônimos.
A fé, por muito tempo vem sendo uma especulação de diversos filósofos, psicólogos, teólogos, entre outros profissionais, e até mesmo entre os leigos. No entanto, a fé tem demonstrado ser um mistério ainda não decifrado por completo. Freud entende a fé como sendo uma espécie de “muleta psicológica”, e tem a qualidade de“pensamento fantasioso” (Freud - Jonh Hick). Já para o Conselho do Vaticano de 1870, a fé é definida como “uma virtude sobrenatural inspirada por Deus, e por intermédio da qual nós acreditamos que os fatos que ele revelou são verdadeiros” (Gustave Weigel – Jonh Hick).
Em 1970, Jonh Lennon, canta em sua música “God”, a frase “God is a concept by which we measure our pain” (Deus é um conceitopelo qual medimos nossa dor), ou seja, deus, nada mais era que um nome dado, para de alguma forma, tentarmos explicar o que sentíamos.
Muitas famílias sofrem com o problema do alcoolismo, que atinge diversas classes sociais, prejudicando tanto o dependente quanto os parentes, amigos e a sociedade em geral.
Será está fé fundamentada em algum ser superior que propiciará estácura? Ou será que este ser superior não é apenas uma máscara criada pela mente humana para dirigir suas vontades que julgam impossíveis, para que desta forma possa se restringir da responsabilidade de qualquer sucesso ou fracasso? Sabemos que a fé de algum modo pode levar o alcoólico a abster-se do álcool, e o que propomos é um entendimento maior de como esse fenômeno se manifesta na mente humana.Um tema escolhido não apenas pela afinidade, mas também pela grande relevância para o entendimento humano como um todo. Buscamos através deste artigo, levantar hipóteses que poderão ser de grande utilidade pública para o tratamento desse grupo.
Em 1987, Ézio Flavio Bazzo, em seu livro “Manifesto aberto à estupidez humana”, escreveu:
“Ah, quandodescobrirás que tu mesmo és teu deus: que teu deus é teu braço que luta, teu sexo que te renova, tua fome que te impulsiona para a vida, tua criatividade que te envaidece e tuas mãos, de homem ou de mulher, que abrem as cortinas azuis numa manhã ensolarada de março? Quando poderás interromper esse discurso obsessivo que te mantém rodopiando no mesmo lugar como uma barata envenenada e repetindo chavõeshistéricos sobre o “principio” e o “fim dos tempos”?”
História dos Alcoólicos Anônimos
Os Alcoólicos Anônimos (A.A.) teve como marco de seu início, o encontro entre Bill Wilson, corretor da Bolsa de Valores de Nova Iorque, e o Dr. Bob Smith, um cirurgião da cidade de Akron, sede do encontro, no estado de Ohio, Estados Unidos.
Tanto Bill quanto o Dr. Bob, haviam tidocontato com o Grupo Oxford, uma sociedade composta em sua maior parte por pessoas não alcoólicas, onde defendiam a aplicação de valores espirituais universais na vida diária. Com a ajuda de um velho amigo, Ebby T., e sob essa influencia espiritual, Bill havia alcançado sua sobriedade. No entanto, para Dr. Bob, ser membro do Grupo Oxford, não foi suficiente para que pudesse deixar o álcool.Neste encontro, Bill expôs suas idéias acerca do alcoolismo, que para ele era uma doença da mente, das emoções e do corpo, o que foi de grande contribuição para que o Dr. Bob sancionasse sua sobriedade.
A partir daí, ambos começaram a trabalhar com os alcoólicos internados no Hospital Municipal de Akron, e logo obtiveram sucesso com a sobriedade de um de seus pacientes. O paciente,...
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