A Internet Faz Mal Ao Cerebro?

UNIVERSIDADE DA REGIÃO DA CAMPANHA CENTRO DE CIÊNCIAS DA ECONOMÍA E INFORMÁTICA

A INTERNET FAZ MAL AO CÉREBRO?

Aluno: Bruno Ernesto Techera da Motta Orientador: Vladimir Soares Resumo: O uso das novas tecnologias, sem a menor sombra de dúvida, têm mudado a vida das pessoas. Estas mudanças trazem uma grande modificação nos hábitos do indivíduo. A tecnologia modifica nosso cérebro. Algunspesquisadores pensam que esta alteração é nociva para nossa inteligência, tornando-nos mais distraídos e preguiçosos, outros, porém, pensam que ela traz mais benefícios do que malefícios, como por exemplo, a facilidade de compartilhar conhecimentos, ideias e pensamentos. Palavras-chave: Tecnologias, cérebro, inteligência, modificação. 1. INTRODUÇÃO Discutiremos neste artigo, tanto o ponto de vistapessimista, como o ponto de vista otimista entre outras questões interessantes. Começando pelo ponto de vista pessimista, logo passaremos ao assunto da multitarefa, seguindo pela neuroplasticidade e por fim discutiremos o ponto de vista otimista. O artigo também apresenta uma serie de dicas para um correto uso das novas tecnologias. 2. OS PESSIMISTAS No seu livro “The Shallows- What the internet isdoing to our brains” (Os superficiasO que a internet está fazendo com nossos cérebros), Nicholas Carr afirma que a exposição constante às mídias digitais está mudando, para pior, a forma como pensamos. Ele acredita que por causa do uso excessivo do computador e de outros aparelhos digitais, nosso cérebro é alterado e estamos nos tornando menos inteligentes, mais superficiais e imensamente maisdistraídos. Mark Bauerlein, autor do livro “the dumbest generation” (A geração mais estúpida), afirma que em vez de mentes juvenis inquietas e repletas de conhecimento, o que vemos nas escolas é uma cultura anti-intelectual e consumista, mergulhada em infantilidades e alheia à realidade adulta. Ele acredita que as novas gerações, educadas sob a influencia das mídias digitais, são formados pornarcisistas despreparados para pensar em profundidade sobre qualquer assunto. A jornalista Maggie Jackson defende a ideia de que os jovens estão acostumados, por culpa da internet e do uso de celulares, à leitura desatenta de textos cada dia mais breves e esteticamente mais pobres.

Uma pesquisa muito interessante feita pela consultoria Genebra, mostra que a mudança é radical, revelando isto, na formaem que as pessoas estão absorvendo a informação. Já não estão lendo uma página necessariamente da esquerda para direita e de cima para baixo. Os olhos pulam de uma palavra a outra em busca de informação pertinente. 3. MULTITAREFA Um estudo feito pelo professor Clifford Nass, da Universidade de Stanford, fala a respeito de que como o computador é multitarefa, os seus usuários tendem a imitá-lo,tocando várias atividades ao mesmo tempo, como digitar, falar por telefone, consultar na internet, ouvir música, etc. Tais tipos de pessoas erram, ficam irritadas por quase nada e qualquer estímulo as distrai. A pesquisa demostra que quanto mais a pessoa se julga eficiente em fazer varias tarefas ao mesmo tempo, pior ela as faz. E, quando precisam fazer uma atividade que requer muita concentração epor longo tempo, elas apresentam mais dificuldade tendo que fazer mais esforços. Devido a que nossa capacidade de atenção é limitada, a Associação Americana de Psicologia aponta a multitarefa como um problema serio e é definida como “a tendência a fazer mais de um trabalho que precise de atenção ao mesmo tempo, como falar ao telefone e digitar no computador.” Quanto mais a nossa atenção éfraccionada, menos funciona. O ser humano faz bem uma coisa de cada vez, e mesmo assim, com um grau limitado de concentração. O certo seria fazer uma tarefa por vez e sem interrupção. Os pesquisadores dizem que, cada vez que interrompemos uma tarefa, ao voltarmos a ela podemos demorar mais de dez vezes o tempo da interrupção para retomar a atenção inicial. 4. NEUROPLASTICIDADE Alguns pesquisadores...