A Pedagogia Hospitalar Enquanto Prática Inclusiva

Páginas: 25 (6030 palabras) Publicado: 23 de febrero de 2013
ANAIS DO III CONGRESSO INTERNACIONAL DE PSICOLOGIA e IX SEMANA DE PSICOLOGIA 18 a 21 Setembro de 2007 ISSN: 1678‐352X

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A PEDAGOGIA HOSPITALAR ENQUANTO PRÁTICA INCLUSIVA

Aparecida Meire Calegari-Falco - Universidade Estadual de Maringá

O estudo que apresentamos, tem por objetivo compreender de que forma a atuação do pedagogo no ambiente hospitalar, tem contribuído para uma práticainclusiva da criança hospitalizada, contribuindo para o alívio do stress causado pela hospitalização, bem como a possibilidade de re-significar as interações sociais próprias da infância mesmo dentro de um hospital. Essa situação pode levar a um comprometimento de seu desenvolvimento, principalmente em casos de doenças graves ou crônicas, onde as reinternações são constantes. Sob a perspectiva dateoria histórico-cultural de Lev Semyonovitch Vygotsky, buscamos fundamentar nosso entendimento acerca do desenvolvimento infantil, uma vez que, a partir de seus postulados, reafirmamos a necessidade das interações sociais e da aprendizagem junto à criança hospitalizada. Visto que mesmo em situação de adoecimento a mesma continua se desenvolvendo e se torna imprescindível, ações que permita a elaelaborar os efeitos negativos decorrente da hospitalização. Atualmente tem sido tema recorrente as práticas inclusivas, buscando desenvolver uma cultura de que mesmo em situações de exclusão, as crianças possam ser cuidadas/promovidas de acordo com sua singularidade/potencialidade. Chegou-se à conclusão de que a intervenção do pedagogo é essencial para consolidação da cultura inclusiva, uma vez quesuas ações contribuiu de forma ímpar para o atendimento integral à criança hospitalizada.

Palavras-chave: Educação; Educação Inclusiva; Pedagogia Hospitalar.

A evolução do conhecimento técnico-científico não tem sido acompanhada por um correspondente avanço na qualidade do contato humano presente em toda intervenção de atendimento à saúde. No que se refere a instituição hospitalar, sua razãode existência é cuidar da saúde da comunidade. Este cuidar acontece sempre dentro de um campo de relações em que nem tudo pode ser codificável e previsível, nem tudo pode ser respondido com técnicas objetivas e passíveis de se repetirem todo o tempo, da mesma forma. Encontra-se, portanto, em um campo em que estão presentes modos singulares de existência, requerendo, assim, uma atenção especial àsformas de execução de qualquer trabalho neste ambiente. Dessa forma, humanizar é aceitar esta necessidade de resgate e articulação dos aspectos subjetivos, indissociáveis dos aspectos físicos e biológicos. Mais do que isso, humanizar é adotar uma prática em que profissionais e usuários consideram o conjunto dos aspectos físicos, subjetivos e sociais que compõem o atendimento à saúde. Humanizarrefere-

ANAIS DO III CONGRESSO INTERNACIONAL DE PSICOLOGIA e IX SEMANA DE PSICOLOGIA 18 a 21 Setembro de 2007 ISSN: 1678‐352X

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se à possibilidade de assumir uma postura ética de respeito ao outro, de acolhimento do desconhecido e de reconhecimento dos limites. A noção de qualidade em saúde precisa transcender o senso comum de adequação técnica dos agentes sobre o objeto de prática (opaciente), para considerar que este ato é também um ato moral. Uma ação técnica se realiza na dependência de uma relação intersubjetiva que repercute intensamente em todos que dela participam. A doença é algo novo que imprime mudanças, tanto de ordem objetiva quanto subjetiva. Objetiva, pois o indivíduo terá que se adaptar a novas rotinas, horários e hábitos. Subjetiva, porque envolve o medo, afragilidade, a dependência e a auto-imagem rebaixada. Na hospitalização tais mudanças ficam ainda mais evidentes, uma vez que as transformações ocorrem de maneira brusca, o sujeito "muda de residência", utiliza recintos comuns e usa trajes padronizados. São adotados muitos procedimentos dolorosos e, nesse ambiente não familiar, o indivíduo se sente passivo e impotente diante de uma nova realidade em...
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