A Respeito Do "Dicionário Galego" Da Aglp

Páginas: 14 (3452 palabras) Publicado: 9 de octubre de 2011
III SIMPÓSIO DE LEXICOLOGIA DA AGLP Compostela, 12 outubro de 2011

A RESPEITO DO “DICIONÁRIO GALEGO” DA AGLP
António Gil Hernández Secretário da CLeL da AGLP A) Confesso-me aprendiz e impressionista. Portanto, é a minha obriga não inspirar confiança. Não obstante, também confesso que acredito em várias “certezas”, sem dúvida verdades de Calino. Por exemplo: 1.ª Acho que os dicionários sãoprescritivos mais do que só descritivos, embora também descrevam. E digo “acho” com o significado não tanto de “pensar”, quanto de “encontrar procurando”. 2.ª Nos dicionários, mesmo nos manuais ou escolares, os autores resumem, apesar de tudo, alguma história das palavras, principalmente das denominadas “plenas”. 3.ª Essa “história” chega a estender-se às famílias de palavras tanto do ponto de vistaformal, quanto do ponto de vista do significado. 4.ª Mas também acontece que nas definições das palavras os dicionaristas costumam dar alguma notícia do contexto e mesmo de cotextos, em que podem ser usadas. Quer dizer, atendem à pragmática, à sociolinguística, à história literária e à glotopolítica até. Ou quem sabe se sobretudo à glotopolítica... B) Assim sendo, entende-se que na maioria daspalavras possa ser assinalado um significado nuclear e significados complementares ou suplementares que, por um lado, descortinam as diferentes aceções, mas, por outro, eles sós não facilitam a ordenação adequada entre estas, salvo que, com elas, sejam descritos alguns contextos (e mesmo cotextos), em que utentes de autoridade reconhecida usam com adequação e correção s palavras em causa. C) Deixo delado o largo assunto do contexto e o inesgotável do cotexto, para apenas refletir sobre o tema prévio e, a meu ver, básico, do étimo, base e raiz da palavra no tempo da história; contribui a compreendermos ambos e principalmente o antedido significado nuclear. D) Distingo duas grandes classes de vocábulos: os cultismos ou, no seu caso, termos (agrupaveis em famílias terminológicas) e os vocábulospatrimoniais. E) A etimologia dos cultismos ou termos é transparente, porque, neste campo, as senhoras das palavras são pessoas socialmente consideradas cultas, mesmo identificáveis, competentes para explicar o significado que tencionam atribuir-lhes. Para além, em regra patenteiam o vocábulo original, culto, principalmente latino ou grego, e o seu significado nuclear. F) Porém, explicar o étimodos vocábulos patrimoniais aduita apresentar dificuldades, quando não se torna em tarefa quase impossível; em consequência, pode ser duvidosa a formalização ulterior, que (não nos esqueça) é levada adiante por pessoas, enquanto formalizadores, não pertencentes ao povo. G) As causas são diversas, complexas e complicadas. Com efeito: 1.ª Os vocábulos patrimoniais carecem de “dono” ou, antes, o seu“dono” é o povo, essa moreia informe e por vezes deforme de pessoas conformadas individual, familiar ou grupalmente (segundo grupos de diversa índole). 2.* As pessoas do povo, como tais, falam e quase nem escrevem. E, em qualquer hipótese, ignoram ou preterem ou mesmo burlam-se das teorias linguísticas e da história filológica das palavras, mas não da história sentimental ou cultural ou mesmopolítica das palavras que estimam da sua propriedade.
1 - Sobre o dicionário

3.ª Justamente o tempo “psicológico” e os avatares mínimos da história, segundo são vividos pelas pessoas do povo, deveriam ser os factores decisivos na configuração e significado dos vocábulos patrimoniais. Mas são-no? Duvido-o, não tanto por insensibilidade dos formalizadores (que não devemos preterir), mas mormente pela(quase) incompetência, que em grande medida lhes foi inoculada durante a sua formação universitária. Como estamos na Comunidad Autónoma de Galicia e bem perto da universidade capital dela, a compostelana, tenho perante os olhos o que bate nos “normativizadores” do ILG (agora também senhores da RAG): possuem os dados, milhões, mas interpretam-nos desde a formação escolar e filológica espanhola,...
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