O retorno do exílio: de dias a rocha galo

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES

VERONICA ALMEIDA TRINDADE

O RETORNO DO EXÍLIO: DE DIAS A ROCHA GALO.

Feira de Santana, Julho de 2010.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES

O REORNO DO EXÍLIO: DE DIAS A ROCHA GALO.

Feira de Santana, Julho de 2010.
O RETORNO DO EXÍLIO: DE DIAS A ROCHA GALO.

1TEMA

Literatura comparativa e outras recriações.

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Estudo comparativo dos poemas “Canção do Exílio” de Antônio Gonçalves Dias” e “Minha Terra” uma versão de José Antônio da Rocha Galo”.

2 OBJETIVOS

2.1 GERAL

Pesquisar e analisar o poema ufanista “Canção do Exílio” de Dias e suas reinvenções, as quais continuam se consolidando na pós – modernidadeapartir das recriações feitas por muitos autores, entre eles Rocha Galo.

2.2 ESPECÍFICOS

• Identificar elementos linguísticos – discursivos característicos nos poemas;
• Analisar os aspectos naturais em questão e sua relação com o Brasil e Portugal quando for o caso;
• Relacionar a obra em questão com as diversas releituras e reescritas da Canção do Exílio enfatizando a versão feita por RochaGalo;
• Reconhecer momentos de produção bem como suas circunstâncias em que se deu a construção da “Canção do Exílio”, corpus de nossa pesquisa, de Gonçalves Dias;
• Destacar e investigar a participação da intertextualidade nos poemas, bem como sua recriação e reinvenção na pós – modernidade.

3. JUSTIFICATIVA

A literatura brasileira possui um grande número de produções artísticas comopoemas, contos, ensaios, etc., com caráter ufanista. Abre os Primeiros Cantos a tão antologia da “Canção do Exílio”, talvez o poema mais reinventadao dentro da tradição literária brasileira.

A idealização da Pátria foi e é cantada por diversos autores nacionais e de cunho universal. O eu-lírico, na solidão do exílio, almeja o retorno à pátria e canta os valores nacionais, exalta a natureza edemosntra seu saudosismo de forma intensa e peculiar.
Gonçalves Dias via a natureza e sua pátria com profundidade, aguçando o sentimento da solidão e da saudade.Era disciplinado na busca da expressão exata paar tradução de realidades interiores e exteriores, dava um tratamento hábil á linguagem resultando em uma mescla da concepção romântica de mundo, da disciplina clássica não perdida totalmente,da inspiração e talento pessoal que se transformava em magia que atrevessa o tempo e permanece instalado em alguns poemas.

A “Canção do Exílio” é o poema de Gonçalves Dias que abre o livro Primeiros Cantos e marca a obra do autor como um dos mais conhecidos poemas da língua portuguesa no Brasil. Foi escrita em julho de 1843, em Coimbra, Portugal. O poema, por conta de sua contenção e de suaalusão à pátria distante, tema tão próximo do ideário do Romantismo, tornou-se emblemático na cultura brasileira. Tal caráter é percebido por sua freqüente aparição nas antologias escolares, bem como pelas inúmeras citações do texto presentes na obra dos mais diversos autores brasileiros. Sua temática é própria da primeira fase do Romantismo brasileiro, em sua mescla de nostalgia e nacionalismo.Gonçalves Dias compôs o poema cinco anos depois de partir para Portugal, onde fora cursar Direito na Universidade de Coimbra. A Canção do exílio teria surgido por inspiração após a leitura da balada Mignon, de Wolfgang Goethe, poema do qual Gonçalves Dias usa alguns versos como epígrafe.

Alguns teóricos consideram a “Canção do Exílio” seja na sua primeira versão ou nas seguintes como um poemabanalizado.
Mas nota-se que após tantas paródias, citações, reeleituras e reecriações, vem se consolidando na pós – modernidade, se reafirmando não só como símbolo nacional de nossa literatura, mas também como patrimônio digno de ser apreciado e cantado por muito mais tempo, pois a cada obra verifica-se uma certa singularidade cheia de reesignificações.

Vários autores criam imagens de sua...