Stavengahen

Páginas: 42 (10484 palabras) Publicado: 12 de noviembre de 2012
Trotsky e a teoria latino americana do desenvolvimento
Ronald H. Chilcote[1]


Por uma mudança radical na América Latina


Marcando o reconhecimento devido a James Petras por sua vida militante e por sua produção acadêmica, volto ao tema que nos suscitou profundo interesse desde nossos anos de estudantes no início dosanos 1960. Nosso interesse evoluiu enquanto estudávamos as revoluções e entrávamos em contato com progressistas por toda América Latina. A revolução Cubana nos influenciou particularmente. Diferentemente de muitos de nossos professores, viajamos muito, dividimos preocupações e nos tornamos sensíveis às questões e problemas da América Latina. Ao longo dos anos Jim [Petras] escreveu dezenas delivros e centenas de artigos, lançando base para entender a América Latina e sua relação com o resto do mundo. No fundamental temos compartilhado a crítica da política dos EUA, notadamente nas páginas da revista bimestral Latin American Perspectives e no livro Latin America: the struggle with dependency and beyond (1974) que vendeu dezenas de milhares de exemplares.
Ficou claro para mim queesse novo pensamento suscitou intenso interesse sobre o modo como o imperialismo afeta o desenvolvimento ou o subdesenvolvimento latino-americano, e que a compreensão da dependência em relação ao mundo capitalista avançado, e especialmente aos EUA, foi essencial nas novas formulações teóricas. Algumas delas foram atribuídas às ideias de Leon Trotsky, que passou os últimos anos de sua vida no México eincorporou a América Latina em suas reflexões. Vim a conhecer alguns intelectuais influenciados por Trotsky: Silvio Frondizi (1947, 1957, 1960) na Argentina, Guilhermo Lora (1977) na Bolívia e Luis Vitale (1968) no Chile. Por mais de vinte anos eu me correspondi com Lora, e, ocasionalmente, com Luis Vitale.
Esse breve histórico ajuda a entender minha motivação para explorar maisprofundamente a influência de Trotsky sobre os conceitos latino-americanos de subdesenvolvimento, desenvolvimento e dependência.


Trotsky, subdesenvolvimento e dependência: atraso e capitalismo tardio
O pensamento de Leon Trotsky[2] (1879-1940) inspira-se fortemente em suas experiências revolucionárias na Rússia e sua revolução, mas também em sua trajetória posterior a sua expulsão daRússia em 1929. Foi o exílio no México, de 1937 até sua morte, que lhe permitiu desenvolver suas ideias sobre a América Latina (1961). Meu estudo diz respeito à elaboração de quatro conceitos úteis para a compreensão das teorias desenvolvimentistas e de sua relevância para as teorias do desenvolvimento capitalista, do subdesenvolvimento e da dependência, tais como notadamente se manifestaram na AméricaLatina durante a última metade do século vinte[3].


Países menos desenvolvidos não necessariamente devem seguir o caminho das nações avançadas e sua condição pode ser uma consequência do avanço do capitalismo em outros lugares. "Atraso" pode ser entendido como desenvolvimento capitalista tardio (um termo frequentemente encontrado na literatura sobre o subdesenvolvimento), provocado porterem de seguir caminhos diferentes daqueles dos países capitalistas avançados. Trotsky frequentemente usa o termo para descrever a Rússia e a revolução que ele imaginava, como uma revolução de atraso. Assim, em A Revolução Russa, escreveu: “A característica fundamental e mais estável da história da Rússia é o ritmo lento de seu desenvolvimento, com atraso econômico, primitivismo das formassociais e o decorrente baixo nível cultural" (Trotsky 1959:1).
Embora o país atrasado "assimile as conquistas materiais e intelectuais dos países avançados", ele "não toma as coisas na mesma ordem (...). O privilégio do atraso histórico(...)permite(...)pular toda uma série de etapas intermediárias(. . . ). Mas essa possibilidade não é de modo algum absoluta. Seu grau é determinado a longo...
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