2001: Homem, a fronteira final
Primeiro, são os homens das cavernas. Depois, o monolito misterioso. Em seguida, a descoberta das armas, da violência para conseguir o que se quer. Quando menos se espera,o pulo no tempo, o espaço. A fronteira final, já tinha dito o seriado Jornada nas Estrelas. Mas para 2001 - Uma Odisséia no Espaço (1968), que completou 40 anos sexta-feira e foi relançado este mêsem DVD numa edição dupla, a fronteira final é o próprio homem.
Para muita gente, o filme de Stanley Kubrick é tão indecifrável quanto o próprio monolito que surge em alguns momentos de 2001. Aexploração espacial ganhou doses de suspense - na luta dos astronautas contra o supercomputador HAL-9000, que enlouquece e tenta matar a todos na nave Discovery a caminho do planeta Jupiter - e tambémmuita filosofia.
2001 teoriza sobre o passado e o futuro da humanidade - um futuro que se passa no ano-título, mas que vai muito além. A odisséia final é a evolução do ser humano, o passo adiante. Nãoadmira que os minutos finais impressos na tela seja um quebra-cabeças difícil de montar.
No lançamento, o impacto visual certamente minimizou esse efeito. Filmado em 70mm, nunca antes o espaço e ofuturo pareceram tão realistas. O balé das naves ao som da valsa “Danúbio azul”, de Johann Strauss, é apenas um dos momentos inesquecíveis.
A música do filme envolve uma das inúmeras histórias reaise lendas acerca da produção. Kubrick havia contratado Alex North (com quem tinha trabalhado em Spartacus, 1960) para criar a trilha sonora de 2001. Em cima da hora do lançamento, resolveu não usá-lae, sim, música clássica - além do “Danúbio azul”, ficou famosa a abertura com “Assim falou Zaratustra”, de Richard Strauss. Conta-se que North só descobriu que havia ficado de fora na estréia dofilme. A trilha original acabou sendo lançada no CD Alex North’s 2001.
Uma das lendas diz respeito ao nome do computador, HAL. As três letras são imediatamente anteriores a IBM, marca famosa de uma...
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