Crítica ' Era Uma Vez Eu, Verônica.

Crítica do Filme ‘Era uma vez eu, Verônica’.
Corriqueiramente, em toda nossa existência, sofremos o assédio de dúvidas, questões existenciais e problemas adversos, o que pode se considerar inerentea qualquer indivíduo. Estes que, quando presentes, mexem com o íntimo e o sentimental de qualquer um é a questão predominante no filme "Era uma vez, eu Verônica", que vem para tratar o comum de formaum tanto inusitada.
Verônica é uma jovem médica, recém-formada, que passa a fazer residência em um hospital público no Recife. Ela está em um momento da sua vida comparável a um trem que sai dostrilhos, sem uma rota exata a seguir. Cheia de problemas para resolver, sejam eles de seus pacientes, seu pai, ou seus próprios, ela parece não saber o que fazer para solucionar as adversidades. E, comoreceita para tudo isso, se utiliza de dois remédios, o sexo e a praia. Que podem não resolver, mas servem como fuga momentânea de tal realidade. E servem como peças-chave para um mundo idealizado porela.
Para realizar a obra, seu diretor, Marcelo Gomes, utiliza de viagens no subconsciente e confidências da personagem. O que faz Marcelo se afastar do estilo ‘Road movie’ presentes em seus longasanteriores (Viajo porque preciso, volto porque te amo/ Cinema, aspirinas e urubus).
Dando vida ao personagem Verônica, está à atriz Hermila Guedes, que não só da vida como se destaca por fazê-lo tãointensamente. Conseguindo aproximar o espectador do dilema da moça. Onde faz perceber-se que, se a inquietação é a essência da juventude, pode se considerar que tal viva constantemente sobre estaessência. E isso vai ficando mais claro no desenrolar da história e na recorrente música tema da personagem, que faz uma alusão à uniformização e até mesmo constância, ao dizer que ‘tá tudo padronizado’.Porém, seguindo uma linha de aproximação espectador-filme, o diretor peca na utilização em excesso de planos fechados, pois, mesmo estes captando intimidade e expressividades, caíram na perda de...