Graduação E Especialização
Os historiadores davam a fórmula das "grandes mitologiascoletivas", "ia-se da história à memória coletiva". Mas toda a evolução do mundo contemporâneo, sob a pressão da história imediata em grande parte fabricada ao acaso pelo media, caminha na direção de um mundo acrescido de memórias coletivas e a história estaria, muito mais que antes ou recentemente, sob a pressão dessas memórias coletivas. (LE GOFF, 1990, p. 472).
Este tem sido o desafio e ochamado da denominada historia nova, restituir a memória coletiva, numa perspectiva da historia vista de baixo, uma história que almeja a compreensão de identidades. (BURKE, 1992, 59-60). GOFF bem define:
A história dita "nova", que se esforça por criar uma história científica a partir da memória coletiva, pode ser interpretada como "uma revolução da memória" fazendo a cumprir uma "rotação" em tornode alguns eixos fundamentais: "Uma problemática abertamente contemporânea... e uma iniciativa decididamente retrospectiva", "a renúncia a uma temporalidade linear" em proveito dos tempos vividos múltiplos "nos níveis em que o individual se enraíza no social e no coletivo" (lingüística, demografia, economia, biologia, cultura). (LE GOFF, 1990, p. 473).
Assim como novamente LE
Por isso nossoestudo que almeja criar uma identidade, para isso partira da memória coletiva e de seus objetos, para assim seguirmos os fios e as tramas deixadas por Teseu para sairmos deste labirinto da historia-problema. (GINZBURG, 2007, p. 7-
2 14). Para isto devemos ter uma “referência à escala reduzida de observação” (GINZBURG, 2007, p. 249), que é o prefixo da micro história, permitindo nesta escala“... sem duvida, somente nesta escala, podem ser compreendidas, sem redução deterministas, as relações entre sistemas de crenças, de valores e de representações, por um lado, e o pertencimento social, por outro” (CHARTIER IN GINZBURG, 2007, p.262). Nesta referência, estaremos observando, Ribeirão Preto, na primeira República, na década de vinte, tentando sair das generalizações do mundo do café, suasdeterminações do mando e desmando, de alguns teóricos e da mídia, para darmos ouvidos outras vozes sociais corresponde da Memória coletiva, nos permitindo enquadrar corretamente nosso foco, vermos por completo as tramas sociais da cidade. Para encontramos o rastro da memória coletiva estaremos analisando o almanaques, de 1914, 1922 de Guião e assim entendermos a mudanças na de 1927 de AntônioDias, que são uma representação social privilegiada, já que são dadas pelo próprio espectador, que expressa a cidade vivida(PESAVENTO, 2002, 392). Pois como Roger Chartier define o olhar do espectador e do leitor dos almanaques:
As formas são multiplicas: cadernos segredos e de receitas, registros de contas, diários de família, correspondência, relatos da vida. Esses objetos escritos testemunham...
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