La Ironia Socratica Y El Pensamiento Romantico
O movimento romântico nasceu como produto de dois movimentos dialéticos que surgiram entre os séculos XVIII e XIX: o “Sturm und drang” e o classicismo.
Oprimeiro surgiu como uma forma de superação do iluminismo onde se dava muita ênfase à razão humana desprezando-se todo o referente à metafísica. O “Sturm und drang”, em forma simples pode-se definir como“ímpeto tempestuoso”, denominado assim a causa das características do movimento onde se davam muito valor às paixões fortes, à força vital da natureza e ao grande patriotismo reinante. Esta manifestaçãobrusca de ideias foi limitada pelo classicismo, que foi como um período de maturidade do pensamento alemão onde se tentou retomar a maneira de pensar dos pais da filosofia, os gregos, tentando assim“transformar a natureza em forma, e a vida em arte, não repetindo, mas renovando o que os gregos tinham feito”(Reale;Antiseri, 2005 p. 7 ).
Destarte, o romantismo nasce sendo caracterizado principalmentepelo “anseio”, isto é, pelo desejo irrealizável do infinito que se manifesta através da obra de arte, sendo o gênio o artista que faz a ligação entre o finito e o infinito. Um dos grandesrepresentantes do movimento romântico foi Friedrich Schlegel, retomando teorias do Wickelmann, afirmava que a possibilidade de alcançar o infinito se encontra na filosofia e nas artes (estes são meios finitos), epor isso surge a dificuldade: chegar ao infinito por meios finitos(cf. Reale; Antiseri, 2005, p. 16). Desta forma, o filósofo alemão refundou o conceito da “ironia” fundado por Sócrates.
A ironia éuma maneira de expressar uma ideia dizendo o contrario ao que se quer dizer. Sócrates admitia saber só que não sabia nada, já na sua defesa em Atenas expressava: “Mais sábio do que esse homem eu sou;é bem provável que nenhum de nós saiba nada de bom, mas ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei tampouco suponho saber.” (Platão, 1987, p.13). Ante os grandes mestres...
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