Armas Nucleares

L A C A R R E R A D E L AS A RMAS N U C L E A R E S ,
SUS C AUSAS Y S O L U C I O N E S *
V I C T O R F., WEISSKOPF

L A S S U P E R P O T E N C I A S e s t á n a hora a p u n t o de c olisión. E n acelerada carrera,
se instalan m á s cabezas n ucleares, se perfeccionan misiles, se inventan nuevas
a rmas, es m á s precaria la seguridad personal y m u n d i a l . L as posibles consecuenciasde una contienda m i l i t a r s on m á s terribles cada vez que se a ñ a d e u n
s urco nuevo a la espiral armamentista. C o n el perfeccionamiento t é c n i c o , cada antagonista tiene m á s dificultades para comprobar el despliegue de nuevas
a rmas cuando hay acuerdos de c ontrol. A l aumentar el material b élico, a umenta
t a m b i é n l a p r o b a b i l i d a d de que se desate —intencionalmente o por e r r o r una guerra nuclear.
P ara e ntender c u á n i rracional es la s i t u a c i ó n , s upongamos que todas las
b ombas d etonadas e n la Segunda G u e r r a M u n d i a l c omponen una u n i d a d que
d enominaremos S G M . Esta u n i d a d equivale a tres millones de toneladas de
T N T , es decir, las bombas de t ipo c o m ú n q ue cayeron en H a m b u r g o , B e r l ín ,
L enirigrado, V a r s o v i a , Londres, T o k i o , C o v e n t r y y otras ciudades, m á s las
b ombas a t ó m i c a s q ue destruyeron H i r o s h i m a y Nagasaki. E l poder nuclear
e n la actualidad equivale a m á s de 6 000 de esas u nidades, es decir, a 18 m i l
m illones de toneladas de T N T . Cada submarino polaris a lmacena tres S G M ,
c antidad s uficiente para destruir m ás de doscientas grandes ciudades de la U n i ó n
S oviética. U n solo submarino trident m oderno transporta ocho S G M , carga que
p uede destruir todas las grandes ciudades del hemisferio norte. E n la actualidad, los submarinos de Estados U n i d o s transportan alrededor de cuatrocientas S G M ; hay muchas m á s en los misiles de tierra firme y e n los bombarderos.
S ólo u nas c uantas unidades pueden destruir todas las ciudades grandes y medianas del m u n d o . N o hay l ógica a lguna en desplegar 6 000 unidades S G M . Es
u n caso p eligroso de demencia colectiva que tiene atrapada a la h u m a n i d a d .
L as conversaciones entre las superpotencias para moderar esta s i t u a c i ó n
a bsurda son e x t r a ñ a s y q uijotescas. Hace poco tiempo t uvieron l ugar negociacionessobre misiles intermedios localizados en Europa; se d iscutió e n ellas cierto
n ú m e r o d e misiles que representa u n porcentaje m í n i m o d el verdadero poder

* Este trabajo se p resentó en el seminario Pugwash sobre n egociación nuclear entre Estados
U nidos y la U nión S oviética, que tuvo lugar en Ginebra del 14 al 16 de diciembre de 1984. Traducción de Martha Elena Venier.

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n uclear. E n l o m i l i t a r , ¿ q u é i m p o r t a si una de las partes tiene unos cuantos
m isiles de m á s o de menos de uno u o tro t ipo?
H u b o p rogresos en el pasado, sin duda; la p r o h i b i c i ó n d e las pruebas nucleares de superficie, por ejemplo, las restricciones impuestas por el tratado
S A L T I y l a a d he s i ó n n o r atificada a l S A L T I I , q ue i n c l u í a e l tratado A B M
e n e l que se p r o h i b í a n a lgunas medidas contra los misiles b alísticos. Este tratado es ú til, p orque a cualquier esfuerzo para proteger u n lugar con i m p l a n t a c i ó n
d e m isiles, p o d r í a r esponder la parte contraria con aumento de d ispositivos.
N i n g u n o d e esos t ratados fue capazde detener o i nvertir l a escalada nuclear,
o e vitar que las armas sean m á s exactas y eficaces.
¿ P o r q u é es i mposible d etener o i nvertir l a carrera nuclear? Es claro para
t odos, s in d u d a , que una p e q u e ñ a c antidad de esas a rmas s u m e r g i r í a a l a
h u m a n i d a d e n una c atástrofe p ara la que no existe punto de c o m p a r a c i ó n : dest r u i r í a las...