John Locke

Páginas: 8 (1917 palabras) Publicado: 12 de noviembre de 2012
John Locke investiga no Ensaio sobre o Entendimento Humano o modo como o homem adquire conhecimento das coisas, no intuito de estudar seu comportamento. A teoria do conhecimento de Locke é marcada por uma peculiar relação entre racionalismo e empirismo. Sua concepção de lei natural parte da convicção de que o universo pode ser compreendido racionalmente, mas também sugere que tal empresa somenteé possível a partir da experiência. Adotando o argumento do maker’s knowledge, em que só podemos conhecer aquilo que criamos, para Locke não há uma ciência natural, pois se podemos conhecer a matemática e a moral por meio de suas causas, é estritamente pelos efeitos que conhecemos a natureza.
Com sua famosa assertiva de que a alma é uma tabula rasa, Locke se afasta da tradição cartesiana de que asidéias são inatas, considerando-as como tudo o que se pensa ou se percebe a partir da vivência. As percepções são sensações, que podem gerar reflexões. As idéias simples surgem diretamente dos sentidos e da reflexão, enquanto as idéias complexas resultam da atividade da mente, por associação das idéias simples, e se fundam na memória. Dessa forma, todas as idéias, inclusive a de substância e aprópria idéia de Deus, procedem da experiência, mediante sucessivas abstrações e associações. O empirismo de Locke limita a possibilidade de conhecer, iniciando uma desconfiança em relação à faculdade cognoscitiva que culmina no ceticismo de David Hume*.
Pode-se buscar complementaridade entre o Ensaio e os Dois Tratados sobre o Governo, entre a filosofia e a política na obra de Locke. No entanto,ele próprio se empenhou para que fossem consideradas em separado, aplicando à sua teoria política um hábil e bem-sucedido método empírico, baseado no senso comum**. Locke busca um fundamento para o poder legítimo para refutar o argumento teológico de Sir Robert Filmer, rejeitando seu patriarcalismo e sua defesa do absolutismo monárquico. Partindo do estado de natureza de Hobbes, Locke assume aracionalidade como o diferencial que elimina o estado de guerra, a possibilidade da morte violenta, permitindo a coordenação dos direitos políticos e a garantia da liberdade.

As teorias epistemológicas de Locke foram expostas em Essay Concerning Human Understanding (1690; Ensaio sobre o conhecimento humano), no qual fundamentou sua doutrina empirista. Locke negava radicalmente que existissem idéiasinatas, tese defendida por Descartes. Quando se nasce, argumentava, a mente é uma página em branco que a experiência vai preenchendo. O conhecimento produz-se em duas etapas: a da sensação, proporcionada pelos sentidos, e a da reflexão, que sistematiza o resultado das sensações.
Originam-se assim idéias simples, produtos da sensação, e idéias complexas, provenientes da reflexão. O objeto doconhecimento são as idéias, e é impossível saber se estas correspondem ou não à realidade objetiva das coisas que as suscitam na mente. De acordo com isso, Locke negou o conceito de substância, que seria apenas uma forma de proporcionar sustentação comum a uma série de idéias como cor, som etc., que podem ou não existir na realidade. O mundo, portanto, só é conhecido de forma indireta e, por isso,toda teoria constitui uma hipótese, não uma certeza, e deve ser sempre suscetível de verificação.
Tais formulações, evidentemente, negavam a possibilidade de uma demonstração da existência de Deus — que, não obstante, seria acessível pela revelação e pela intuição. Homem de fé, Locke já havia publicado anonimamente em 1689 sua Epistola de tolerantia (Carta sobre a tolerância), a que se seguiramduas obras com o mesmo título e em inglês. Na obra, expõe sua convicção de que todos os sistemas religiosos correspondem a um substrato comum, espécie de religião natural, e de que as idéias religiosas só se podem assumir de forma livre, nunca por coação.
A liberdade era também, no pensamento de Locke, a essência da soberania política, delegada por todos os cidadãos ao Parlamento. Essas idéias,...
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