La unión sovietica y América latina

L A U NIÓN SOVIÉTICA Y A MÉRICA D E L SUR

JOSÉ M I G U E L I N S U L Z A

L A V ISITA DEL C A N C I L L E R SOVIÉTICO E duard S chevarnadze a A r g e n t i n a ,

B rasil y U r u g u a y a fines de septiembre y comienzos de octubre de 1987
c o n s t i t u y ó u n é xito d i p l o m á t i c o p or varias razones: se firmaron c omunicados p olíticos q ue revelan amplia coincidencia en temassustantivos,
c omo l a crisis en C e n t r o a m é r i c a , el desarme, la s ituación de Á frica d el
S ur; t a m b i é n se alcanzaron importantes acuerdos de c o o p e r a c i ó n e n el
p lano e conómico y c ultural; se h abló i ncluso de visitas r ecíprocas de jefes
de Estado, aunque e llo s ólo se haya concretado en el comunicado con
U r u g u a y , e l c lima e n los tres p aíses fuec ordial y s in suspicacias, lo cual
es s ignificativo, si se considera que hasta hace p oco los tres p aíses t e n í a n
g obiernos m ilitares de sello marcadamente anticomunista. L a presencia de m ilitares en las recepciones ofrecidas por Schevarnadze en los
t res p aíses parece u n signo de que los tiempos han cambiado, no s ólo
p ara A m é r i c a d el Sur, sino t a m b i é n p ara ladiplomacia s oviética.
S in e mbargo, n i n g ú n éxito p uede ocultar el hecho i nsólito de que,
d e s p u é s de 42 a ñ o s de relaciones d i p l o m á t i c a s i ninterrumpidas con las
t res naciones del A t l á n t i c o d el Sur, la v isita d el C anciller de la U R S S
h aya sido una novedad de proporciones, porque era la p r i m e r a vez que
u n f uncionario s oviético de tan alto rangollegaba a esos p aíses. M á s
a ú n , c omo se e n c a r g ó de s eñalarlo l a prensa b r a s i l e ñ a , e ra la p r i m e r a
v ez que B rasil y l a U R S S (lo cual vale t a m b i é n p ara U r u g u a y ) firmaban u n comunicado que contuviera acuerdos sustantivos sobre temas
d e p olítica i nternacional. En suma, actividades que en el desarrollo
m oderno de las relaciones internacionaleshan pasado a ser casi c otidianas (visitas de funcionarios importantes y acuerdos p olíticos) prácticamente no e xistían e n las relaciones entre la U n i ó n Soviética y los p aíses
d e A m é r i c a d el Sur.
L a n aturaleza secundaria, de la que muchas veces se echa mano para
c alificar e l i nterés soviético y s udamericano en sus relaciones, no es una
e xplicación válida p ara este vacío. P or una parte, no se requiere gran
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p r o x i m i d a d p ara tener u n m í n i m o diálogo político; p or o tra, no estamos hablando a q u í de intereses m í n i m o s : l a U R S S ha s ido p or v arios
a ñ o s de esta d é c a d a el p rincipal i mportador de p roductos argentinos y ,
d esde a ntes, e l p rimer vendedor de a rmas aP e r ú . E n c uanto a B rasil,
si b i e n las c ifras de i ntercambio n o son a ú n importantes, se c aracterizan p or su c recimiento sostenido, sus buenas p erspectivas y su adecuada
d iversificación. P or ú l t i m o , l a f alta de r elaciones p olíticas se h alla sobre
t odo e n los ú ltimos 15 a ñ o s , p recisamente cuando el i nterés p or las r elaciones e conómicas se acrecienta y cuando l a U R S S tiene relaciones d iplom á t i c a s n ormales c on casi todos los p aíses de A m é r i c a d el Sur, salvo
C h i l e y P araguay.
P arece c laro q ue la p rincipal i n t e n c i ó n de la v isita de S chevarnadze
( y d e l p osible viaje de M i k h a i l G orbachov a A m é r i c a d el S ur en 1988)
es e quilibrar esta s ituación p ara fortalecer l a p resencia p olíticod ip l o m á t i c a de la U RSS e n esa p arte del continente. Sin embargo, existe
l a d uda de si e llo s erá p osible o si a ú n existen los factores q ue han l i m i tado h asta a hora e l d esarrollo integral de las r elaciones s oviéticolatinoamericanas.
P ara i ntentar u na respuesta es n ecesario h acer, e n p rimer t é r m i n o ,
u n b reve examen d el c urso de esas r elaciones e n...