Paz Y Crimenes Masivos

C ÓMO C O N S T R U I R L A P AZ
D O N D E H A N O C U R R I D O CRÍMENES M A S I V O S
B ÉATRICE P O U L I G N Y

L O S ESTUDIOS SOBRE CRÍMENES M ASIVOS Y SUS I MPLICACIONES p olíticas y socia-

les c onstituyen u n a temática p o c o d e s a r r o l l a d a e n l a l i t e r a t u r a s obre c onstrucción d e l a paz» L o s t raumas i n d i v i d u a l e s y c olectivos e n g e n d r a do s p o r
t ales p rácticas c r i m i n a l e s r a r a v ez son considerados d u r a n t e l os p rocesos d e
p az. Este "descuido" t iene c onsecuencias sociales y p olíticas considerables
t a n t o p ara las s ociedades a fectadas c o m o p a r a l os i n d i v i d u o s q u e las c o m p o n e n . E n t r e l os m i s m o s académicos, e l t e m a h a s ido c o n s i d e r a d o d e n t r od e l análisis g e n e r a l d e l a situación política d e l os países d o n d e h a n o c u r r i d o masacres. Sin e m b a r g o , r a r a v ez se h a c o n s i d e r a d o l a masacre c o m o s ujet o d e i nvestigación p o r d e r e c h o p r o p i o e i n c l u s o m e n o s aún d e n t r o d e u n a
p erspectiva c omparativa. E sta d e f i c i e n c i a parece i n c l u s o m e n o s c om p r e n s i b l e s i se t iene e n c u e n t a el h e c h o d e q u e , p a r t i c u l a r m e n t e e n e l c o n t e x t o d e
l a g uerra, l a masacre h a sido u n a e strategia c aracterística d e c iertos actores
y s u práctica se e x t e n d i ó d u r a n t e t o d o e l s iglo X X . D e h e c h o , e l e x t e r m i n i o
d e las poblaciones civiles p u e d e ser p r i m o r d i a le n l a lógica d e a c c i ó n d e estos actores y t e n e r u n i m p a c t o i m p o r t a n t e e n s ituaciones d e p o s g u e r r a . L a
d enotación "crímenes masivos" p o n e énfasis e n e l h e c h o d e q u e é stos i m p l i c a n a lgo más q u e l a s i m p l e m a t a n z a d e u n g r a n n ú m e r o d e p ersonas. Las
m atanzas m asivas p o r l o g e n e r a l suceden antes o después d e o tras a t r o c i d a des c o m o m u t i l a c i o n e s , v iolaciones, destrucción d e p u e b l o s y e l d e s t i e r r o
d e l a población. L a t o t a l i d a d d e t ales actos, más las masacres mismas, es l o
q u e se d e n o m i n a "crímenes masivos".
¿ Cuántos p rocesos d e c onstrucción d e p az se o r i g i n a n c o m o c onsecuencia d e u n c r i m e n m asivo? Parai n t e n t a r r e s p o n d e r a e sta p r e g u n t a , t a n t o l os
a nalistas c o m o l os p rofesionales q u e p a r t i c i p a n d e l p roceso e n f r e n t a n d os
r etos. P r i m e r o , d e b e n t r a t a r d e e n t e n d e r , d e u n o u o t r o m o d o , c ó m o p u d o
h aberse llevado a c abo e l c r i m e n m asivo. E n l a mayoría d e l os c asos, u n a lto
p orcentajed e los c rímenes se c o m e t e e n i n m e d i a c i o n e s d e l a m b i e n t e d o méstico o c o m u n a l . L a m anipulación i d e o l ó g i c a o p olítica n o b asta p a r a
" e x p l i c a r " e l q u e b r a n t a m i e n t o d e los p rocesos d e l o r d e n social. S e g u n d o ,
430

Foro Internacional 177, X LIV, 2004 ( 3), 430-452

JUL-SEP 2004

C Ó M O C ONSTRUIR L APAZ

4 31

d e b e n i dentificarse las posibilidades de paz existentes d e n t r o de la s ocied a d afectada. Sin l u g a r a dudas, para que las reglas d e l j u e g o s ocial y político f u n c i o n e n o, e n otras palabras, p a r a que t odos l os a ctores s ientan i nterés
p o r p a r t i c i p a r e n e l j u e g o c olectivo de paz y c o o p e r a c i ó n e n l u g a r de p a r t icipar e n la c o n f r o n t a c i ó n , t ales recursos n o p u e d e n ser i g n o r a d o s . L a c onstrucción d e la paz d ebe h acer uso de recursos y m é t o d o s l ocales q u e , e n casi
t odos l os c asos, se hayan i d o c o n s t r u y e n d o c o n el t i e m p o , así c o m o d e d i versos m é t o d o s p rovenientes de otras latitudes. I n c l u s o aquellas s ociedades
q ue, p...