Philipe Dubois, O Ato Fotográfico

Páginas: 12 (2794 palabras) Publicado: 27 de noviembre de 2012
O Capítulo I – Da verossimilhança ao Índice.

De acordo com o autor, no primeiro capítulo ele busca retraçar o percurso histórico das diversas posições quanto ao princípio de realidade da fotografia defendidas por críticos e teóricos ao longo da história.

Neste capítulo ficam expostos três pontos de vista sobre esta questão.

Primeiramente se reconhece a fotografia como o espelho do real.Este é o discurso da mimese, em que o efeito de realidade encontrado na fotografia se dava graças à semelhança entre este objeto e a imagem real, ou seja, o seu referente.

No início, ingenuamente se considerava a fotografia como um "analogon" da imagem que buscava reproduzir. Aquela seria mimética por essência.

Entretanto é levantada a questão de que a fotografia, por sua gênese automática étestemunha da existência do referente, mas isso não implica que ela se pareça com ele.

Assim ganha espaço o segundo ponto de vista, em que se reconhece a fotografia como transformação do real. Segundo o autor, este é o discurso do código e da desconstrução.

Como já foi tratado no parágrafo anterior, houve uma reação ao ilusionismo do espelho fotográfico. O princípio de realidade reconhecidoanteriormente foi designado como pura "impressão", seria apenas um "efeito".

A partir de então, tentou-se mostrar que a fotografia não é um espelho neutro, mas que é utilizada como um instrumento de transposição, de análise, de interpretação e até de transformação do real.

Nesta etapa a foto seguiria a concepção de símbolo em termos piercianos, pois esta é um conjunto de códigos.

Noentanto, surge uma terceira forma de considerar a fotografia, e esta segue o realismo existente nesta prática, é um retorno ao referente, mas sem o ilusionismo mimético, presente na primeira fase.

Assim, a fotografia seria um traço do real, sendo este o discurso do índice e da referência. De acordo com este ponto de vista, apesar de se ter consciência dos códigos presentes na fotografia,inegavelmente esta transmite o sentimento do real.

Através da fotografia existiria um processo de atribuição, em que a imagem remete ao seu referente, indo além do efeito do real.

Desta forma, a fotografia é primeiramente, índice, em um segundo momento ela pode se tornar parecida ao seu referente, o que seria ícone e assim adquirir sentido, ou seja, tornar-se símbolo.

Capítulo II – O ATOFOTOGRÁFICO

Pragmática do índice e efeitos de ausência.

A princípio é importante considerar o que é a fotografia, ou seja, o traço, que tecnicamente é uma impressão de luminosidade variada.

Considerando-se a tricotomia peirciana ícone / índice / símbolo, a partir da qual o estudioso analisou o estatuto teórico do signo fotográfico e com a qual descartou a concepção da foto como mimese, apresentadalogo no início do capítulo anterior, fica superada a idéia de semelhança da imagem ao seu referente.

De acordo com o autor, se é desejado conhecer o que constitui a originalidade da imagem fotográfica é necessário ver o processo deste ato, muito mais do que o seu produto. E este considera que a fotografia é a necessidade absoluta do ponto de vista pragmático.

DUBOIS (2003) apresenta algumasconseqüências gerais do estatuto de índice do signo fotográfico a partir de três tipos de corolários: a singularidade, a atestação e a designação.

A foto propriamente dita não passa de um negativo. E é deste material que se reproduz milhões de vezes o positivo da fotografia. Estes são a foto da foto, que ocorreu uma única vez. Daí a conseqüência de singularidade.

Outra conseqüência é oprincípio de atestação, quando a fotografia, por sua gênese, é testemunha, ela atesta, ontologicamente, a existência daquilo que mostra. Aqui ganha destaque a utilidade da foto, que certifica, ratifica e autentica. Entretanto, isto não significa que a foto significa.

Muito ligado a este princípio está o de designação. Assim como o anterior, este está intimamente relacionado ao referente. O traço...
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