Relações comerciais portugal méxico
No primeiro período as trocas comerciais mantém-se estáveis, com o nível de importações a superar o das exportações. No ano de 2005 o défice da balança regista mesmo um valor máximo negativo para Portugal de 170 milhões de euros. A partir daqui a situação inverte-se. Como podemos verificar no gráfico da Fig.1, após este pico negativo, a balançacomercial começa a registar uma tendência crescente favorável a Portugal. Entre 2007 e 2008, Portugal deixa de ter um saldo comercial deficitário e passa a ter um saldo positivo cada vez maior, registando em 2010 um valor máximo de 230 milhões de euros.
Balança Comercial Portugal- México
406
256 196 144 172 129 73 71 86 159
261 226 223 204 230 139 120 115 149 108 55 176
44
67
59-77 -100 -152
-70
-88 -122 -170 -105
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006 Saldo
2007
2008 Export
2009 Import
2010
Un: milhões Eur
Fig 1 – Balança Comercial Portugal - México 2000/2010 Fonte: Dados até 2009: INE via Câmara de Comércio Luso-Mexicana. Dados de 2010: INE (valores preliminares)
Focando a nossa atenção neste período mais recente, poderemosconstatar um aumento no volume de exportações, ainda que com decréscimos nos anos 2007 e 2009. A taxa média de crescimento anual durante o referido período foi de cerca de 16%. Este facto traduziu-se num aumento da quota de exportações de 0,3% em 2005 para 1,7% em 2010 e a posição do México como cliente de Portugal passou de 30º lugar para 12º lugar, respectivamente.
Relativamente à evolução dasimportações, verificaram-se igualmente alterações de comportamento durante este período, sendo de registar uma tendência decrescente até 2009 seguida de um aumento acentuado em 2010. A quota de importações foi de 0,5% em 2005, de 0,11% em 2009 e de 0,3% em 2010. Por sua vez, a classificação de Portugal como cliente do México foi para estes anos de 30º, 56º e 36º lugares, respectivamente.Voltando ao gráfico da Fig 1, podemos verificar que ao contrário do período anterior, este segundo período entre 2005 e 2010 é caracterizado por uma maior instabilidade nos fluxos comerciais. Vejamos então o que é que contribui para a ocorrência de volumes instáveis tanto ao nível das exportações como das importações.
Ao analisarmos os gráficos das Fig. 2 e Fig. 3 facilmente percebemos as razõesdessa ocorrência. Assim sendo, existe uma razão principal e óbvia que explica o comportamento instável que é comum a ambos os fluxos: o peso e contribuição dos Combustíveis Minerais. Efectivamente, esta componente é absolutamente determinante da evolução geral das exportações e importações entre os dois países e, por conseguinte, todo o volume de trocas comerciais está fortemente dependente destavariável. Para comprovar graficamente este facto basta reparar na semelhança de comportamento entre as linhas das figuras referidas.
Nos últimos 3 anos esta variável representou mais de metade do volume total de exportações e, com excepção de 2009, também foi responsável pela maior parte das importações.
Total de Exportações e Total de Exportação de Combustíveis Minerais
406
223 204 139120 85 0 2005 2006 77 0 2007 2008 2009 118
224
33
2010
Un: milhões Eur
Total
Combustíveis minerais
Fig 2 – Evolução de Exportações Totais e Exportações de Combustíveis Minerais de Portugal para o México. Fonte: Dados de 2005, 2008 e 2009: INE via AICEP. Dados de 2006, 2007 e 2010: INE. (2010 valores preliminares)
Total de Importações e Total de Importação de Combustíveis...
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