Religión
DEI VERBUM
DO CONCÍLIO VATICANO II
SOBRE A REVELAÇÃO DIVINA
1. INTRODUÇÃO
I. A REVELAÇÃO COMO TAL
2. Natureza e objeto da Revelação
3. Preparação da Revelação Evangélica
4. Cristo completa a Revelação
5. A Revelação deve ser recebida na fé
6. As verdades reveladas
II. A TRANSMISSÃODA DIVINA REVELAÇÃO
7. Os Apóstolos e seus sucessores, pregoeiros do Evangelho
8. A Sagrada Tradição
9. Relação entre a Tradição e a Sagrada Escritura
10. Relação da Tradição e da Bíblia com a Igreja e o Magistério
III. INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA E SUA INTERPRETAÇÃO
11. Inspiração e verdade na Sagrada Escritura
12. Comointerpretar a Sagrada Escritura
13. Condescendência de Deus
IV. O ANTIGO TESTAMENTO
14. A história da Salvação nos livros do Antigo Testamento
15. Importância do Antigo Testamento para os cristãos
16. Unidade dos dois testamentos
V. O NOVO TESTAMENTO
17. Excelência do Novo Testamento
18. Origem apostólica dos Evangelhos
19.Índole histórica dos Evangelhos
20. Os demais escritos do Novo Testamento
VI. A SAGRADA ESCRITURA NA VIDA DA IGREJA
21. A Igreja venera as Sagradas Escrituras
22. Traduções corretas e adequadas
23. Empenho dos estudiosos e especialistas
24. Importância da Sagrada Escritura para a Teologia
25. Recomenda-se a leitura da Sagrada Escritura26. CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
1. A Palavra de Deus é religiosamente auscultada com coragem proclamada pelo Concílio, que faz suas as palavras de São João: "Nós vos anunciamos a vida eterna, que estava no Pai e se nos manifestou: nós vos anunciamos o que vimos e ouvimos para que vós também estejais em comunhão conosco e a nossa comunhão seja com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo" ( I Jo 1,2-3). Por isto, seguindo as pegadas dos Concílios Tridentino e Vaticano I, este Santo Concílio se propõe expor a genuína doutrina acerca da Revelação Divina e de sua transmissão a fim de que, pelo anúncio da salvação, o mundo inteiro ouvindo creia, crendo espere, esperando ame.
I. A REVELAÇÃO COMO TAL
Natureza e objeto da Revelação
2. Aprouve a Deus, em sua bondade e sabedoria,revelar-se e tomar conhecido o mistério de sua vontade (cf. Ef 1, 9), pelo qual os homens têm, no Espírito Santo, acesso ao Pai e se tornam participantes da natureza divina por Cristo, Verbo feito carne (cf. Ef 2, 18; II Pe 1, 4). Mediante esta revelação, portanto, o Deus invisível (cf. Col 1, 15; I Tim 1, 17), levado por seu grande amor, fala aos homens como a amigos ( cf. Êx 33, 11; Jo 15, 14-15),entretém-se com eles (cf. Bar 3, 38) para convidá-los à participação de sua intimidade. Esta economia da Revelação se concretiza através de acontecimentos e palavras intimamente conexos. Assim, as obras realizadas por Deus na História da Salvação manifestam e corroboram os ensinamentos e as realidades significadas pelas palavras. Estas, por sua vez, proclamam as obras e elucidam o mistério nelas contido.No entanto, o conteúdo profundo da verdade comunicada por esta revelação a respeito de Deus e da salvação do homem se nos manifesta em Cristo que é ao mesmo tempo mediador e plenitude de toda a revelação.
Preparação da Revelação Evangélica
3. Criando pelo Verbo o universo (cf. Jo 1, 3) e conservando-o, Deus proporciona aos homens, nas coisas criadas, um permanente testemunho de si mesmo(cf Rom 1, 19-20). Além disso, no intuito de abrir o caminho de uma salvação superior, manifestou-se a si mesmo desde os primórdios a nossos primeiros pais. E após a queda destes, havendo prometido a redenção, alentou-os a esperar uma salvação (cf. Gên 3, 15) e velou permanentemente pelo gênero humano, a fim de dar a vida eterna a todos aqueles que, pela perseverança na prática do bem, procuram...
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